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Nacional
Terça - 01 de Dezembro de 2009 às 15:59
Por: Márcio Falcão

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A Câmara Legislativa do Distrito Federal recebeu na manhã de hoje dois pedidos de impeachment contra o governador José Roberto Arruda (DEM), acusado de envolvimento em um suposto esquema de pagamento de propina para a base aliada. Se forem confirmadas as promessas de partidos, de movimentos sociais e entidades como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Arruda pode ser alvo de cinco pedidos de cassação.

Na manhã de hoje, os pedidos de impeachment foram apresentados pelos advogados Evilásio Viana dos Santos e Anderson Siqueira.

Nesta quarta-feira, a bancada do PT e diversos movimentos sociais devem protocolar um novo pedido de cassação. O PSOL também estuda um processo no mesmo sentido.

A outra ação deve partir da cúpula da OAB no Distrito Federal. Nesse caso, o pedido de impeachment precisa ser votado pelo conselho pleno da OAB nacional antes de ser encaminhado para análise da Câmara Legislativa.

Os processos vão ser conduzidos pelo presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), deputado Rogério Ulysses (PSB), também é citado no inquérito do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que deu origem à operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que investiga o suposto esquema.

Para o pedido de impeachment ser confirmado, é preciso ser aprovado pela CCJ e depois receber o aval de 16 dos 24 deputados distritais. Arruda, no entanto, tem maioria para derrubar os pedidos de cassação.

A oposição espera contar com a pressão da opinião pública para convencer os deputados a aprovarem impeachment.

"Aqui na Câmara [Legislativa] a minoria não tem voz. Nós somos atropelados. É preciso envolver os movimentos sociais. O dinheiro público que aparece nas imagens é o que está faltando nos hospitais, com gente morrendo nas filas", disse o vice-presidente da Câmara, Cabo Patrício (PT).

O governador é acusado de envolvimento num suposto esquema de corrupção, que consistiria na distribuição de propina para parlamentares da base aliada.

O esquema foi gravado pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, que usou escutas para registrar conversas com Arruda e parlamentares aliados.

A ação, deflagrada na sexta-feira, vasculhou a residência oficial do governador, além de gabinetes e casas de secretários e distritais. Ao todo, oitos parlamentares estão envolvidos.

Composição

Na Câmara Legislativa, a oposição a Arruda tem quatro deputados do PT: Cabo Patrício, Chico Leite, Erika Kokay e Paulo Tadeu. O deputado José Antônio Machado Reguffe (PDT) é independente.

Outros dois parlamentares são ligados ao ex-governador Joaquim Roriz (PSC): Jaqueline Roriz (PMN) e Rubens César Brunelli Júnior (PSC).

A base de apoio a Arruda na Casa é composta pelos deputados Ayton Gomes (PMN), Batista das Cooperativas (PRP), Benício Tavares (PMDB), Benedito Domingos (PP), Bispo Renato Andrade (PR), Cristiano Araújo (PTB), Dr. Charles (PTB), Eurídes Britto (PMDB), Geraldo Naves (DEM), Leonardo Prudente (DEM), Milton Barbosa (PSDB), Raad Massouh (DEM), Raimundo Ribeiro (PSDB), Rôney Nemer (PMDB) e Wilson Lima (PR).

Dois parlamentares deixaram a base devido à crise no DF: Rogério Ulysses (PSB) e Claudio Abrantes (PPS).





Fonte: Folha Online

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