Cerca de 1200 pessoas são portadoras de HIV/AIDS em Cáceres e não sabem
A informação é da coordenadora do CTA Vanderly Muniz, ao anunciar que a prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde, estará realizando nos dias 26, 27 e 28 de outubro a capacitação de profissionais da saúde para teste rápido para HIV. Apesar de preocupante, conforme a coordenadora, o aumento dos cadastros também pode ser entendido como um avanço. “Isso demonstra que nos últimos anos, mais pessoas procuraram o CTA tanto para tratamento como para informação sobre a doença. Um avanço significativo” garantiu.
Embora a estatística seja preocupante, a realidade pode ser ainda mais surpreendente. Um estudo do Ministério da Saúde, aponta que apenas 1 de cada 6 portadores do vírus procura tratamento. Como não poderia ser diferente, isso se constata também em Cáceres. “Acreditamos que esse número seja ainda maior. Muita gente, por medo da constatação da doença, não procuram os nossos serviços”, revela Vanderly lembrando que além dos que não procuram os serviços do CTA, alguns infectados pelo vírus realizam tratamento fora do município.
A preocupação com o crescimento da doença, segundo ela, é uma das razões que levaram a secretaria de Saúde, a realizar a capacitação dos profissionais de saúde para a realização do teste rápido. O trabalho será ministrado por seis técnicos da Secretaria de Estado de Saúde, no hospital São Luiz. O objetivo será treinar, pelo menos, 34 profissionais de toda região. Já confirmaram presença, médicos, farmacêuticos, psicólogos e enfermeiros das cidades de Comodoro, Glória D´Oeste, Rio Branco, Araputanga, São José dos IV Marcos, Mirassol D´Oeste e Curvelândia.
Além do teste rápido, os profissionais da área, receberão ensinamentos sobre aconselhamento pré e pós teste frisa a coordenadora, destacando o trabalho desempenhado pelo CTA de Cáceres.
Assinala que o centro dispõe da maioria dos medicamentos antiretrovirais que são distribuídos gratuitamente aos pacientes. Todo trabalho, de acordo com a coordenadora, é desenvolvido por uma equipe multidisciplinar composto por um médico infectologista, duas enfermeiras, um assistente social, um farmacêutico, um farmacêutico bioquímico, um técnico em laboratório, dois técnicos em enfermagem, um gerente de programa, uma psicóloga e um nutricionista.
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