Atividade do comércio fica estagnada em setembro, diz Serasa
O setor varejista nacional ficou estagnado em setembro, após uma sequência de sete altas consecutivas, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Serasa Experian, empresa especializada na análise de crédito.
O indicador de atividade do comércio, elaborado pela Serasa, iguala, assim, a variação registrada em janeiro deste ano. No mês passado, o segmento de veículos, motos e peças foi o destaque, com crescimento de 6,5% devido à proximidade do fim dos incentivos fiscais ao setor --no mês passado, os consumidores correram às concessionárias para aproveitar o último mês antes da elevação gradual do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Desde o dia 1º deste mês, o tributo reduzido em dezembro do ano passado para carros voltou a subir gradativamente, e chegará à alíquota original em janeiro.
A alta nas vendas naquele segmento, no entanto, não contrabalançou as quedas de 0,6% no segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática; de 0,3% no movimento das lojas de material de construção; e de 2,1% na atividade do segmento de tecidos, vestuário, calçados e acessórios.
O segmento de combustíveis e lubrificantes teve alta de 1%, e o de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas teve alta de 0,1%.
Segundo a Serasa Experian, o fim do ciclo de relaxamento monetário e a retirada dos estímulos fiscais anticrise não devem provocar quedas sistemáticas no varejo, mas o desempenho será menos intenso do que a média registrada no período de maio a agosto deste ano (crescimento médio mensal de 1,1%).
Na comparação com setembro de 2008, houve alta de 5,6% --segunda maior taxa do ano, atrás dos 6,3% registrados em agosto na mesma comparação. O segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática avançou 9,9% em setembro em relação ao mesmo mês de 2008, e o setor de tecidos, vestuário, calçados e acessórios subiu 5,7% na mesma comparação.
Já o segmento de material de construção teve recuo de 18,7% em setembro, em relação ao mesmo mês de 2008.
No acumulado do ano, o indicador registrou crescimento de 4,4%, com destaque para o setor de móveis, eletroeletrônicos e informática (alta de 10,1%). Em seguida vêm tecidos, vestuário, calçados e acessórios (alta de 3,3%); veículos, motos e peças (alta de 2,7%); e supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (alta de 1,4%).
Os únicos segmentos que apresentaram queda de atividade no acumulado anual foram o de combustíveis e lubrificantes (-1,8%) e o de material de construção (-14,4%).
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