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Economia
Quarta - 29 de Abril de 2009 às 07:28

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira (29) que não tem planos de fazer novos cortes de impostos para estimular a economia.

Mas o Brasil está negociando com outros países sul-americanos para oferecer linhas de crédito para importadores de bens de consumo brasileiros, disse Mantega, acrescentando que o Uruguai deve seguir a Argentina para se beneficiar de tais acordos.

"O governo já tomou as medidas necessárias para ativar a economia", disse Mantega à Reuters, em Nova York. "Nós não prevemos novos cortes de impostos."

Ele também afirmou que não vê necessidade de estender a redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) ao setor automotivo. Mantega acrescentou que os recentes dados já sugerem uma recuperação da indústria automotiva brasileira.

"Os consumidores estão ganhando confiança à medida que permanecem empregados. Nós estamos criando mais empregos no Brasil este ano que em 2008", disse o ministro.

O Brasil reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a compra de carros novos em dezembro por um período de três meses e renovou a diminuição do imposto para até o final de junho. A medida deu um apoio considerável à grande indústria automobilística do país --uma importante empregadora-- que está entre as mais abatidas pela crise financeira global.

Mantega disse que a economia do Brasil ainda precisa de uma política monetária mais flexível e que "condições apropriadas" favorecem mais cortes na taxa de juro.

As previsões de inflação estão abaixo da meta do governo, de 4,5%, e, de acordo com o ministro, o crescimento da economia está atualmente entre zero e 2%, o que dá espaço para mais cortes na taxa de juro.

Espera-se que o Banco Central do Brasil reduza a taxa de juros em 100 pontos básicos, para uma baixa recorde de 10,25%, segundo uma pesquisa da Reuters.

Mantega reiterou que a economia brasileira deve crescer a uma taxa anualizada de 3 a 4% no quarto trimestre deste ano, uma previsão que muitos economistas dizem ser otimista. O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera que a economia recue 1,3% em 2009.

Em uma tentativa de gerar demanda por seus bens de consumo no mercado internacional, o Brasil planeja estender para mais países da América do Sul sua CCR.

Na semana passada, o Brasil elevou de US$ 120 milhões para US$ 1,5 bilhão sua linha de crédito com a Argentina. De acordo com Mantega, há discussões em andamento com o Uruguai.

O ministro ainda afirmou que, apesar da expectativa de uma queda nas exportações brasileiras, uma recente recuperação no preço das commodities provavelmente permitirá que o real, permaneça em um nível "equilibrado" este ano, o que pode ajudar exportadores.





Fonte: Reuters

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