Apesar da alta em janeiro, tendência da indústria é de baixa, diz IBGE
A alta de 2,3% da produção em janeiro, ante dezembro, não foi suficiente para evidenciar uma inversão de tendência, já que o avanço foi pequeno quando comparado com a queda anterior, de 12,4%.
"Não foi suficiente para mudar a trajetória dos indicadores de tendência, que continuam negativos. A notícia boa foi somente o estancamento da queda", disse Sales.
O avanço interrompeu três meses de taxas negativas, período que acumulou perda de 20,1%. "O sinal amarelo para a economia brasileira já está aceso desde o último trimestre do ano passado. O sinal que a gente poderia considerar verde é a interrupção da queda na passagem de dezembro para janeiro que, não obstante, não interrompe o fato de que o patamar de produção obtido em janeiro é muito aquém de janeiro do ano passado e do último trimestre", disse.
O índice de média móvel trimestral, que, segundo o coordenador do IBGE, é o melhor retrato da tendência para os próximos meses, recuou 6,2%, confirmando a tendência dos três últimos meses do ano, quando o recuou foi de 6,9% em dezembro, 2,4% em novembro e 0,5% em outubro.
Na história recente brasileira, a queda de 17,2% registrada no índice mensal de janeiro, na comparação com o mesmo intervalo de 2008, só ocorreu em abril de 1990, de acordo com Sales.
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