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Nacional
Quarta - 06 de Fevereiro de 2008 às 06:29

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O Tribunal de Contas da União (TCU) vai investigar os gastos nos cartões de crédito pagos com dinheiro público. As suspeitas agora recaem sobre despesas de seguranças da Presidência da República.

Sete mil funcionários do governo federal têm cartão corporativo. A distribuição é feita pelo ordenador de despesa de cada repartição pública. Mas o cartão, criado para pagar pequenas despesas de emergência, vem sendo usado para todo tipo de compra.

Segundo reportagem do jornal ‘Folha de S. Paulo’ desta terça-feira (5), a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo (SP), por exemplo, gastou R$ 149 mil reais, em três anos.

O jornal afirma, com base em dados oficiais, que Luiz Gonzaga Aragão e José Benedito Costa gastaram R$ 3.450,00 com esteiras ergométricas. Só no ano passado, R$ 14.300 com materiais de construção.

Esses detalhes estão na página da Controladoria Geral da União (CGU), no Portal da Transparência. Há despesas com churrascaria, lavanderia e equipamentos desportivos.

O gabinete Institucional da Presidência se limita a dizer que vai pedir o bloqueio das informações no portal, por envolver a segurança do presidente e sua família e quer verificar caso a caso o que já foi divulgado.

Providências

O governo tomou medidas para limitar os saques com o cartão, depois das denúncias da imprensa, mas não mudou o critério de escolha dos titulares. “É fundamental que essas denúncias que envolvem gastos com cartão corporativo tenham uma investigação rápida”, disse o vice-líder bloco governista, senador Renato Casagrande (PSB-ES).

A oposição também quer investigar. “Virou uma farra do boi. Todo mundo é a favor que o presidente tenha uma segurança correta, uma segurança firme, boa. Agora, me diga: o que é que tem a ver churrascaria com segurança do presidente?”, questiona o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

Os gastos com cartão corporativo já levaram três ministros a dar explicações: Orlando Silva (Esporte), Altemir Gregolin (Pesca) e Matilde Ribeiro, que ocupava a Secretaria da Igualdade Racial, pediu demissão depois de admitir que errou ao pagar despesas com aluguel de carros em missões oficiais.

Na segunda (4), reportagem do jornal apontou que um segurança de Lurian Cordeiro Lula da Silva, filha do presidente Lula, gastou mais de R$ 48 mil com o cartão corporativo de abril a dezembro de 2007.

O cartão está em nome de João Roberto Fernandes Júnior. Este ano, ele já gastou mais de R$ 6,3 mil. Ao todo, os gastos do segurança chegaram a R$ 55 mil. O cartão é da Secretaria de Administração da Presidência da República.





Fonte: G1

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