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Nacional
Segunda - 28 de Janeiro de 2008 às 21:36

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Os auditores fiscais realizaram nesta segunda-feira (28), em Brasília, um protesto a favor da punição dos assassinos de quatro servidores em uma chacina em Unaí (MG). Os manifestantes levaram rosas brancas e um bolo negro para pedir o fim da impunidade.

Há quatro anos, o motorista Ailton de Oliveira e três fiscais do Ministério do Trabalho - Eratostenes Gonçalves, João Batista Lage e Nelson da Silva -, que atuavam em denúncias de trabalho escravo na zona rural de Unaí, foram assassinados com tiros à queima-roupa. Dos nove indiciados pelo crime, três respondem em liberdade e nenhum foi julgado.

Procuradores do trabalho e auditores cobraram do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, onde o processo está correndo, agilidade na apreciação dos recursos. Os manifestantes foram recebidos pela presidente do Tribunal, Assusete Magalhães. Eles receberam a notícia de que os últimos dois recursos que tramitavam no TRF, pedidos pelos acusados, foram julgados e negados pelo Tribunal. A publicação saiu nesta segunda-feira (28) no Diário da Justiça.

A peregrinação continua

O Sindicato dos Auditores teme que os acusados recorram a instâncias superiores. Só depois de todos os recursos serem julgados eles poderão ir a júri popular em Belo Horizonte.

“A gente pede que eles entrem com agravo junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e depois junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), para que seja agilizado o julgamento desse recurso. A gente gostaria demais que esse julgamento, em Belo Horizonte, fosse marcado ainda neste ano para virar essa página triste para nós todos”, enfatiza a presidente do Sindicato dos Fiscais do Trabalho, Rosa Campos Jorge.

O único que não vai a júri popular é o fazendeiro Antério Mânica, acusado, junto com o irmão Norberto Mânica, de ser um dos mandantes da chacina. Como prefeito de Unaí, Antério tem foro privilegiado. Pelo pedido do Ministério Público, ele só será julgado pelo TRF, em Brasília, depois do julgamento dos acusados pela execução do crime.

Depois de quatro anos de espera, uma das viúvas lamenta a demora e os privilégios concedidos a alguns acusados. “Essa é uma luta desigual, que favorece quem tem dinheiro, a elite de advogados contratados. Então, é uma luta muito difícil”, diz a comerciante Helba Soares da Silva.




Fonte: G1

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