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Nacional
Sexta - 25 de Janeiro de 2008 às 21:53

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Em entrevista à Agência Senado nesta sexta-feira (25), o senador Jefferson Péres (PDT-AM) afirmou considerar "inaceitável" o aumento na taxa de desmatamento da Amazônia registrado nos últimos meses. Na quarta-feira (23), o Ministério do Meio Ambiente anunciou um desmatamento de 3.235 quilômetros quadrados na Amazônia de agosto a dezembro de 2007. Os números foram registrados pelo sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Jefferson Péres disse que está "indignado" com a situação. Para ele, a preservação da Amazônia deveria ser prioridade nacional, até porque faz parte da agenda da maior parte dos países, diante dos riscos do aquecimento global.

- É importante mobilizar policiais treinados e preparados para lidar com o problema. O governo deveria criar uma tropa de elite nacional para detectar e reprimir o desmatamento antes que o problema se alastre - afirmou.

O senador considera "surpreendente" e "injustificável" que o governo tenha levado mais de três meses para perceber o crescimento do desmatamento, uma vez que tem acesso a dados do satélite do Inpe e de informações do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam).

- Como se justifica isso? Em três meses, trechos tão grandes de floresta serem destruídos pelo fogo, por motosserras, e os órgãos do governo não identificarem isso? É uma incompetência injustificável. Essa situação deveria ter sido detectada imediatamente. É um escândalo, uma vergonha - afirmou.

Na opinião de Jefferson Péres, o governo deveria ter equipes sobrevoando a Amazônia diariamente. Para o senador, ainda, as medidas para solucionar o crescimento do desmatamento anunciadas pelo governo na quinta-feira (24) são "muito boas", mas de nada adiantam "se, na prática, o governo não age ou não consegue detectar a tempo de prevenir o problema", avaliou.

O senador considerou, no entanto, "inócua" a medida de proibir financiamentos de bancos públicos para atividades que levem ao desmatamento, pois, lembrou, atos como esses são ilegais e geralmente praticados por "aventureiros". Jefferson Péres destacou que desta vez o problema ocorreu até no estado do Amazonas, que geralmente costumava ser menos atingido.

- Pode ser que isso resulte em uma mobilização da sociedade e do governo. Há males que vêm para bem. Vamos ver se isso resulta em algum bem para a nossa região - disse.




Fonte: 24 Horas News

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