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Nacional
Terça - 15 de Janeiro de 2008 às 02:41

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A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás divulgou, na tarde desta segunda-feira (14), que o paciente morto no dia 2 de janeiro em Goiânia estava mesmo com febre amarela. O exame sorológico preliminar do rapaz de 24 anos, cujo nome não foi divulgado, foi feito pelo Laboratório Central de Goiás (Lacen).

Ainda segundo a secretaria, ele não era vacinado contra a doença e a teria contraído na zona rural goiana. Nesta terça-feira (15), devem ser divulgados os resultados dos exames de sorologia do espanhol Salvador Peres e da aposentada Maria Geraldina da Silva, que também morreram com suspeita da doença.

De acordo com o órgão, existem neste momento em Goiás nove casos suspeitos da doença sob investigação.

Na noite desta segunda-feira, em nota divulgada à imprensa, o Ministério da Saúde informou que encaminhará um novo lote de 2,2 milhões de vacinas de febre amarela até o final da semana para Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

Brasília

No Distrito Federal, há mais um caso de suspeita de febre amarela. Um paciente de 44 anos, internado na UTI do Hospital Anchieta, em Taguatinga, cidade-satélite a 30 quilômetros de Brasília, está em estado grave, com insuficiência renal e hepática. Segundo o coordenador médico do Hospital Anchieta, Roberto Valente, o paciente apresenta “história clínica compatível com a febre amarela”.

O paciente, que não era vacinado contra a febre amarela, passou o réveillon em uma fazenda próxima ao município de Abadiânia (GO). Ele foi internado uma semana depois e, no último sábado (12), foi transferido para a UTI devido à rápida piora no estado de saúde. “É um quadro típico de febre amarela”, afirmou Roberto Valente. Segundo ele, o caso do paciente é semelhante ao de Graco Abubakir, 38, morador de Brasília que morreu na última terça-feira (8) vítima de febre amarela.

Abubakir esteve na região de Pirenópolis (GO) e chegou ao Hospital Santa Luzia no último dia 4 com febre alta, dor de cabeça e dor no corpo. Posteriormente, foi internado na UTI com insuficiência hepática e renal, sintomas semelhantes ao do paciente internado no hospital Anchieta.

‘Não existe risco de epidemia’

Em pronunciamento em cadeia de rádio e TV na noite deste domingo (13), o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, buscou tentar "tranqüilizar" a população brasileira sobre o risco de epidemia de febre amarela no país.

“Não existe risco de epidemia”, avaliou o ministro da Saúde. Ele lembrou que, apesar da existência de 24 notificações pelas secretarias de Saúde, sendo dois casos confirmados (um em Brasília, que resultou em morte; e outro de uma moradora de São Paulo - que evoluiu para cura) e outros cinco descartados, o Brasil não tem casos de febre amarela desde 1942. Há ainda 17 casos sendo investigados.

“Os casos registrados de lá para cá foram todos de febre amarela silvestre, ou seja, de pessoas que contraíram a doença nas florestas", disse ele no pronunciamento.





Fonte: G1

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