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Nacional
Segunda - 14 de Janeiro de 2008 às 07:36

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A morte de um espanhol por febre amarela no sábado no Brasil "desatou de novo o alerta entre os turistas que viajam ao país", segundo afirma reportagem publicada nesta segunda-feira pela versão online do diário espanhol El País.

O jornal relata que o espanhol de 41 anos, casado com uma brasileira, estava havia 15 dias em Goiás, onde tinha comprado uma fazenda.

A mulher, segundo o diário, "criticou as autoridades brasileiras por não tê-los informado sobre os casos de morte por febre amarela que estão preocupando o país e provocando a vacinação em massa".

"Até o momento, o Ministério da Saúde do Brasil registrou 15 notificações de febre amarela procedentes dos Estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Brasília", observa a reportagem. "Três casos foram descartados, dois confirmados e o resto está sob investigação."

Vacinação

O jornal comenta que países vizinhos, como Argentina, Paraguai e Uruguai, já advertiram seus cidadãos que pretendem viajar ao Brasil para que se vacinem com dez dias de antecedência, sobretudo se forem às zonas de risco: Goiás, Mato Grosso e Brasília.

"Apesar de as autoridades terem informado de que não existe perigo nas zonas costeiras e que só existe risco no interior e na selva, muitas pessoas chegaram a fazer filas de até sete horas para conseguir se vacinar", diz a reportagem.

O diário observa que o Brasil é um dos principais destinos turísticos da região, principalmente agora, quando começará a temporada do Carnaval.

Segundo o jornal, "algo parecido está ocorrendo no interior do Brasil".

"Apesar de as autoridades sanitárias insistirem que a doença não se transmite de pessoa para pessoa, mas somente pela picada do mosquito portador, as filas abarrotam os centros de saúde por todo o país, começando por São Paulo, onde houve dois casos suspeitos de pessoas que estiveram nas zonas de risco", diz o texto.

De acordo com o jornal, até 2 milhões de pessoas já podem ter se vacinado, e nos aeroportos internacionais os pedidos de vacinação quintuplicaram.

A reportagem comenta que o foco de febre amarela e a sobrevivência de doenças tropicais como chagas e leishmaniose "voltam a formular a pergunta sobre se os governos do país têm feito todo o necessário para acabar com certas doenças mortais".

O diário comenta que, no Paraguai, por exemplo, desde 1950 não se registra nenhum caso de febre amarela.





Fonte: BBC Brasil

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