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Saúde
Sexta - 07 de Dezembro de 2007 às 14:18

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Segundo a análise, intitulada Health Outcomes of Bereavement ("O Impacto do Luto na Saúde", em tradução livre), o luto aumenta em cerca de 20% o risco de morte nos parceiros que sofreram a perda.

Um estudo, por exemplo, diz que 21% dos homens têm mais chances de morrer depois da morte da esposa, enquanto que, para as viúvas, o risco seria de 17%.

Liderada por Margaret Stroebe, da Universidade de Utrecht, a análise aponta que as pessoas em luto têm mais chance de terem doenças cardíacas, além de problemas psicológicos como depressão, perda de apetite e fatiga, que podem levar ao suicídio.

A pesquisa, publicada na revista científica The Lancet, indica que a deterioração da saúde entre os viúvos está relacionada ao aumento no consumo de álcool e ao estresse da perda da única confidente.

Já para as viúvas, as causas não são claras, mas os especialistas apontam que a solidão e o estresse psicológico causado pela perda podem ser fatores determinantes no aumento da mortalidade.

Coração partido

“Os padrões são bem consistentes, o que nos leva a concluir que a mortalidade do luto é atribuída em grande parte ao chamado coração partido, o estresse psicológico causado pela perda”, afirma o estudo.

A pesquisa revela ainda que o risco de morte é maior nas primeiras semanas depois da perda do parceiro e diminui com o tempo.

Os resultados da análise indicam que homens que perdem as esposas têm três vezes mais chance de cometerem suicídio. O risco não aumenta em mulheres que perderam os maridos.

A revisão vai além dos casais e analisa o luto dos pais que perdem as crianças, citando um estudo realizado na Dinamarca em 2003.

Segundo a pesquisa, pais e mães que perdem os filhos sofrem um aumento no risco de suicídio depois da morte da criança. O estudo revela ainda que o risco é maior quanto mais jovem o filho e particularmente alto nos 30 dias depois da morte da criança.

Apesar dos riscos, os dados indicam que a maioria das pessoas consegue lidar com o luto sem a ajuda de especialistas.

Para a Margaret Stroebe, “a intervenção profissional deve ser direcionada para as pessoas que correm alto risco e para os que sofrem com complicações na perda, como depressão profunda e estresse”.





Fonte: BBC Brasil

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