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Cidades/Geral
Sábado - 27 de Outubro de 2007 às 10:23
Por: Bruno Garcia

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O prefeito de Chapada dos Guimarães, Gilberto Mello (PR), posicionou-se contra a proposta apresentada pelo município de Campo Verde, que solicitou junto a Comissão de Revisão Territorial dos Municípios e Cidades da Assembléia Legislativa, para incorporar as comunidades de Ponte Alta, Mata Grande, Boa Vista, Baroneza e Serrinha. Além das áreas de Chapada, Campo Verde requer terras dos municípios de Jaciara, Dom Aquino, Santo Antônio de Leverger e da Capital, Cuiabá.

“Chapada já cedeu muitas terras para criação de novos municípios e o último caso foi com Campo Verde, onde cedemos uma parte do nosso município. Com tudo isso que já aconteceu, Chapada ficou com os problemas, como exemplo às dividas com INSS parceladas desde 1966 e FGTS parceladas desde 1974. Não podemos abrir mão de mais nem um palmo de terra pertencente ao município de Chapada dos Guimarães”, destacou Gilberto.

Durante a defesa para que as áreas continuem em Chapada, o prefeito apontou várias alegações, entre elas, a questão histórica que as comunidades referidas representam para a cidade. “Muitos dos chapadenses tradicionais nasceram nessas comunidades. Se isso acontecer, vou ter que falar que meu pai nasceu em Campo Verde, e não mais em Chapada”, comentou Mello.

O prefeito afirmou que o município de Chapada “empobrecerá” caso as comunidades sejam transferidas para Campo Verde, pois o valor agregado na região é considerável e afetará diretamente a economia local. “São as únicas áreas agricultáveis de Chapada e se as perdermos ficaremos mais pobres. Nosso município já sofreu muito com as divisões e não podemos sofrer novamente com isso, por este motivo não vamos deixar isso acontecer”, sublinhou.

Em sua justificativa para pleitear a incorporação das áreas de Chapada, o prefeito de Campo Verde, Dimorvan Brescancin, alegou a proximidade com a sede de seu município. Dimorvan também reclamou que atualmente vem gastando com as comunidades de Chapada com educação, saúde e algumas obras de infra-estrutura para melhoria das estradas na região.

Gilberto Mello rebateu Dimorvan, informando a Comissão da Assembléia que os gastos com educação e saúde fazem parte de um acordo entre as duas administrações, mas se isso for um problema para Campo Verde, Chapada passará a fazer os serviços. “Temos condições de proporcionar educação, fazer o transporte escolar e promover a saúde para todos da região. Não tem nenhum problema e ressalto que Campo Verde recebe dinheiro por esses alunos, oriundos do Fundeb, parceria com o Estado para o transporte escolar e na saúde fornecendo nove Autorizações para Internação Hospitalar (AIH’s)”, afirmou.

Para Gilberto, a atual situação até o momento era de harmonia entre os dois municípios, mas que a partir da reclamação com a parceria e o pedido de incorporação das áreas, o prefeito se posicionou pela suspensão da parceria já a partir de 2008. “Queremos viver em harmonia, mas como isso não esta sendo possível, voltaremos a atender essas comunidades. Estávamos deixando eles atenderem, porque isso foi um pedido da administração de Campo Verde. A partir dessa postura proponho que cada um cuide de seu município”, declarou Mello.

Comissão

O presidente da Comissão de Revisão Territorial dos Municípios e Cidades, Percival Muniz após ouvir as partes envolvidas, fez questão de ressaltar que a reunião não tem valor definitivo. Ele informou que a decisão será tomada verificando vários aspectos, destacando as condições de que nenhum município tenha perda de receita. “A comissão quer fazer uma divisão do ganha, ganha e não do ganha, perde! Se for para atrapalhar é melhor ficar sem fazer nada”, pontuou Muniz.





Fonte: Assessoria

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