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Economia
Segunda - 22 de Outubro de 2007 às 20:41

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BRASÍLIA - Tributação elevada e aumento dos gastos públicos são as travas principais para o crescimento sustentado do país, segundo empresários ouvidos hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar da parada na trajetória da queda do juro semana passada, eles avaliam que o Banco Central (BC) avançou na redução do custo dos financiamentos.

Durante o 2º Encontro Nacional da Indústria, que ocorre em Brasília, a CNI apresentou resultado de levantamento feito com 538 sindicatos do setor, em 26 reuniões estaduais realizadas de agosto a outubro deste ano, sobre dez questões prioritárias da Agenda do Crescimento.

Os gastos públicos receberam a pior avaliação: 50% viram aumento nas despesas do governo, apontando retrocesso. A carga tributária foi o ítem seguinte de desempenho negativo, com 46% afirmando que continua elevada ante 2% que apontam queda. Por outro lado, 57% aprovaram a redução da dívida pública.

Também há queixas quanto às expectativas anteriores sobre avanços nos gargalos da infra-estrutura (46%), embora uma pequena parcela (27%) dos industriais avalie que a situação melhorou um pouco, diante da criação de marcos regulatórios e da transferência de serviços para a iniciativa privada.

Na questão do custo do dinheiro, 61% disseram que houve redução efetiva dos juros e que aumentou a disponibilidade de recursos. Enquanto 15% mostraram-se satisfeitos com a política monetária, 16% clamam por mais cortes na taxa Selic.

Nas relações do trabalho, a visão da maioria (59%) é de que não houve evolução, sendo as críticas mais fortes sobre os custos de contratação de mão-de-obra: 64% disseram que nada mudou e 20% que piorou.

Sobre o excesso de burocracia para os negócios, a pesquisa mostrou que 46% vêem a situação estacionada, embora 43% aprovem o acesso aos serviços do governo pela internet (e-gov).

O destaque positivo foi para a inovação, onde 45% viram avanço, em especial na promoção de capacitação tecnológica empresarial (58%). Também na área de educação, 52% viram avanços no sentido de mais iniciativas para universalização de educação básica de qualidade.

Os empresários ficaram divididos quanto à evolução das ações de política comercial e de acesos a mercados. Os programas de promoção das exportações foram aprovados por 52%, porém 55% queixaram-se da falta de uma ambiente doméstico que promova maiores ganhos de competitividade.

No último ítem da pesquisa, sobre meio-ambiente, 82% pediram maior simplificação dos procedimentos para a licença ambiental. As inciativas para estímulo a boas práticas de gestão ambiental foram aprovadas por 46%.




Fonte: Valor Online

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