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Sexta - 19 de Outubro de 2007 às 16:51

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O não cumprimento da tarifa social no valor de R$ 1,00 aos domingos pelas empresas concessionárias do sistema e a restrição ao uso do passe livre estudantil, aprovada na Câmara de Cuiabá, levou a União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb) a mobilizar os líderes de movimentos populares para exigir a redução no preço da passagem dos atuais R$ 2,05 para no máximo R$ 1,90. O presidente da Ucamb, Édio Martins de Souza, argumenta que, como as questões alegadas pela Associação Mato-Grossense dos Transportadores Urbanos (MTU) para o encarecimento da tarifa, como passe livre dos estudantes e gratuidade, não estão mais incidindo sobre a planilha de custos, então o valor da tarifa pode perfeitamente ser reduzido.

O presidente da Ucamb desafia a MTU a apresentar, detalhadamente e sem subterfúgios, a planilha de custos que serve de base de cálculo para definição da tarifa do transporte, na Capital. "É inexplicável o fato de a MT guardar, sob sete chaves, os detalhes sobre a elaboração da planilha que orienta a elaboração da tarifa", critica o dirigente comunitário.

A limitação para a utilização do passe livre estudantil, segundo Édio Martins, trata-se de retrocesso histórico e, por isso, a Ucamb decidiu, por unanimidade de sua diretoria, exigir que haja redução imediata no valor da tarifa.

O presidente da Ucamb recorda que, na votação do reajuste da tarifa de ônibus, no Conselho Municipal de Transporte, estavam assegurados alguns benefícios para a comunidade, como o passa livre estudantil e a tarifa social aos domingos e feriados, no valor unitário de R$ 1,00.

"O passe livre estudantil foi restrito e a tarifa social só é aplicada aos feriados, ignorando os domingos. Portanto, as empresas, que são concessionárias de serviço público, têm obrigação de abrir o debate com a sociedade organizada", defende Édio Martins de Souza.

Para o presidente da Ucamb, o que se lamenta é que a MTU, com anuência da Prefeitura de Cuiabá, mantenha guardada severamente as minúcias sobre a planilha que orienta a elaboração da tarifa.

A votação dos 14 vereadores da bancada de sustentação ao prefeito Wilson Santos (PSDB) votaram pela derrubada do veto do 'chefe', para voltar a vigorar, teria configurado manobra política do Palácio Alencastro. Apenas cinco parlamentares de oposição lutaram para que o veto fosse mantido, mas foram derrotados.

A exigência de um amplo debate sobre a questão tarifaria, envolvendo diferentes segmentos da sociedade civil, torna-se cada vez mais urgnete.

Édio Martins aponta que a Ucamb vem recebendo, com cada vez mais freqüência, reclamações das associações de moradores de bairros por causa do precário atendimento do transporte público.





Fonte: 24 Horas News

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