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Politica Brasil
Terça - 21 de Agosto de 2007 às 07:16
Por: Auro Ida e Marcos Lemos

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O secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Carlos Brito, admitiu ontem que poderá trocar o PDT pelo PR. "O convite existe e estou avaliando", informou, antes de participar, no Palácio do Planalto, do lançamento do PAC da Segurança com o presidente Lula. Ele revelou que está licenciado do PDT e concordou que, caso o partido passe a fazer oposição ao governo do Estado, a sua situação dentro da legenda vai ficar insustentável.

"Não vou fazer oposição a Maggi", avisou, observando que tem relacionamento de confiança com o chefe do executivo estadual. "Eu exerço esse cargo em virtude da confiança que o governador deposita em mim", ressaltou. Antes de tomar uma posição, porém, Carlos Brito disse que pretende conversar com as lideranças do PDT para saber qual será a posição do partido em relação ao governo do Estado. Ele afirmou que pretende tratar do assunto com seriedade e dialogar com as lideranças pedetistas sobre o futuro da legenda em Mato Grosso. "Não vou precipitar uma decisão", avisou, embora concorde que se sente atraído a fazer política no mesmo partido de Blairo Maggi, como aconteceu no PPS. "Essa possibilidade me estimula", diz.

Carlos Brito informou que irá definir a sua posição dentro do prazo legal, após o Congresso Nacional votar a reforma política. "Eu preciso saber como vão ficar as regras para me posicionar", ponderou, observando que, em 2006, "me elegi, mas não assumi o mandato por problema de legenda".

Mesmo alegando problemas internos no PDT, advindos das críticas feitas pelo presidente regional Otaviano Pivetta em relação à falta de "pegada" no segundo mandato do governador Maggi, o partido não tem e não faz menção de ir para a oposição como suscita Brito. "Não é uma questão de crítica e sim de sacudir a poeira e devolver Mato Grosso de volta para os trilhos do desenvolvimento, é isso que todos querem, principalmente os empresários, os trabalhadores e a sociedade como um todo", disse Pivetta.

Outro problema que a ida de Brito traria para o PR é quanto ao deputado Sérgio Ricardo, presidente da Assembléia e candidato a prefeito de Cuiabá. Em síntese se repete o quadro de 2004, quando Brito no PPS fritou a candidatura própria do partido, abandonado Sérgio e indo apoiar a candidatura de Wilson Santos. Brito na época mexia as peças do tabuleiro de xadrez com as mãos da primeira-dama. Terezinha Maggi, que jurava apoio eterno a Wilson Santos até em 2006, quando na reeleição de Maggi teve que se distanciar por estar o prefeito em campo oposto.





Fonte: Gazeta Digital

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