Metade da população mundial viverá em cidades até 2008
Até 2030, as grande metrópoles abrigarão cerca de 5 bilhões de pessoas, de acordo com o documento elaborado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
Segundo a diretora da UNFPA, Thoraya Ahmed Obaid, citada pela Associated Press, sem planejamento adequado, as grandes cidades enfrentarão ameaças como a superpopulação, a falta de oportunidades para os jovens no mercado de trabalho e o extremismo religioso.
"Em 2008, metade da população mundial viverá em áreas urbanas, e não estamos prontos para isso", afirmou Obaid. "É preciso investir em moradia e educação para que se tenha um força econômica que possa trabalhar e trazer mais crescimento para as cidades", disse.
De acordo com o relatório, enquanto a população das áreas rurais diminui, a das cidades cresce de forma descontrolada, devido à migração do campo para as grandes metrópoles.
Segundo ela, o controle de natalidade poderia ajudar a prevenir o problema. "O crescimento urbano encoraja o controle da fertilidade, porque a população urbana tem maior acesso à informação e aos serviços para planejar melhor suas famílias", afirma Obaid.
Obaid afirma que as cidades de menor porte devem absorver o crescimento populacional das megalópoles. "Nos concentramos nas cidades menores, com cerca de 500 mil habitantes".
Para ela, as cidades menores são mais flexíveis e adaptam suas políticas mais facilmente.
A diretora da UNFPA alerta para os riscos de essa população excedente não ser absorvida.
"O extremismo é, em geral, a reação mais rápida para a sensação de exclusão e injustiça, e as cidades podem se tornar uma base para isso caso não sejam bem gerenciadas. "O extremismo é um fenômeno tipicamente urbano", diz Obaid.
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