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Internacional
Sábado - 23 de Junho de 2007 às 18:10

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ridicularizou neste sábado o plano de estimular as transmissões do programa "Voz da América" o serviço radiofônico americano para o exterior- para se contrapor a sua influência na região. Ele, no entanto, classificou a estratégia de nova ameaça contra a Venezuela do governo dos EUA.

Chávez comentava uma decisão do Congresso americano, que na quinta-feira aprovou uma emenda de um deputado republicano que prevê uma verba suplementar de US$ 10 milhões para a expansão das transmissões do programa "Voz da América na América Latina e, principalmente, Venezuela.

"Que ridículo. O império [dos EUA] é ridículo", afirmou ele durante discurso a uma multidão de aliados, acrescentando que o governo americano "desperdiça dinheiro".

"Por outro lado, nós não devemos subestimar isso como ridículo porque, simplesmente, trata-se de uma nova ameaça", afirmou, durante ato para milhares de militantes, na capital Caracas.

Revolução Bolivariana

O presidente Hugo Chávez admitiu hoje que a chamada "revolução bolivariana", para tornar a Venezuela um país socialista, não está consolidada e que poderia se perder caso ele chegasse a morrer.

Chávez afirmou que chegou a essa conclusão após repetidas advertências do líder cubano Fidel Castro sobre a inconsistência do processo revolucionário venezuelano.

"Fidel Castro tem me dito que se eu morro a revolução é levada pelo vento. Ele me alertou muitas vezes e eu tinha resistência em aceitar, mas quando penso e observo ao meu redor, me dou conta de que lamentavelmente, mais uma vez, ele tem razão", afirmou o presidente venezuelano.

Chávez afirmou que as razões da debilidade estão na falta de um partido rrevolucionáriodisciplinado, eficiente e comprometido, com "consciência suficiente" para defender a revolução.

Quase seis milhões

Chávez também anunciou hoje que 5,6 milhões de militantes se registraram para formar o novo Partido Socialista Unido da Venezuela, o que representa quase 80% da votação que recebeu em sua reeleição em dezembro passado.

Ele afirmou que o novo partido "deve ser eterno" e que vai congregar dezenas de organizações que apóiam seu governo e que será o "maior partido da história da Venezuela, senão da América Latina".

"Nós, seres humanos, somos transitórios, mas o partido deve ser eterno, o mais poderoso motor revolucionário", disse, durante ato para cerca de 15 mil militantes.





Fonte: Agências Internacionais

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