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Internacional
Sexta - 22 de Junho de 2007 às 04:41

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A Assembléia Provincial de Okinawa, no sul do Japão, pediu hoje ao Governo japonês que não minimize nos livros escolares de História o papel dos militares do Exército Imperial nos suicídios coletivos ocorridos na ilha durante a Segunda Guerra Mundial. "É um fato inegável que os suicídios maciços não teriam acontecido sem a participação dos militares japoneses", afirmou a Assembléia de Okinawa, em comunicado oficial, segundo a agência japonesa Kyodo.

Os membros da junta provincial adotaram por unanimidade e com o apoio de grupos cívicos uma moção contra a intenção do Governo japonês de minimizar a importância do papel do Exército nos episódios mais trágicos da batalha de Okinawa.

Em março, o ministério da Educação e Cultura japonês aconselhou às editoras de livros didáticos que reeditassem a versão atual sobre os suicídios coletivos na ilha na Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Os livros de História adotados nos colégios ensinam que os soldados do Exército Imperial obrigaram civis japoneses a se matar na guerra para não serem capturados pelas tropas americanas, quando a derrota estava próxima.

"Pedimos firmemente ao Governo que retire a orientação e recupere de forma imediata a descrição atual, para que a verdade sobre a batalha de Okinawa seja transmitida corretamente e não volte a acontecer uma guerra tão trágica", disse a Assembléia.

A batalha de Okinawa matou um quarto da população da ilha. No total, mais de 200 mil pessoas morreram, entre japoneses e americanos.

Muitos sobreviventes japoneses afirmaram que os soldados do Exército Imperial disseram a eles que se matassem nos últimos momentos da batalha. Fontes militares negam a instrução.





Fonte: EFE

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