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Internacional
Terça - 19 de Junho de 2007 às 04:51

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Cuba chora hoje a morte de Vilma Espín, figura histórica da revolução e mulher de Raúl Castro, presidente interino do país. Espín morreu ontem em Havana, aos 77 anos, após um longo período doente.

Espín era uma das últimas representantes de uma geração de mulheres revolucionárias que marcaram a história recente de Cuba. Ela passou da luta clandestina no Exército Rebelde ao papel de primeira-dama em atos oficiais.

À frente da Federação de Mulheres Cubanas (FMC), cargo vitalício que ocupou desde 1960, e como membro do Escritório Político e do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, ela se tornou uma das mulheres com maior peso político da revolução.

Ontem à noite, um locutor da televisão estatal anunciou um dia de luto e homenagens para a despedida de "uma heroína da clandestinidade e combatente destacada do Exército Rebelde".

O corpo de Vilma Espín foi cremado ontem, e suas cinzas serão depositadas no Mausoléu da II Frente Frank País, na Sierra Maestra, berço da revolução, com honras militares. O Conselho de Estado declarou luto oficial até as 22h desta terça (23h de Brasília).

Milhares de pessoas deverão participar das homenagens organizadas no Memorial José Martí, em Havana, e no monumento a Antonio Maceo, em Santiago de Cuba. Dirigentes do governo e do Partido vão a um velório no teatro Karl Marx.

Nascida em 7 de abril de 1930, em uma família de classe média, Espín pertenceu a vários grupos progressistas na Universidade de Santiago. Participou do Movimento 26 de Julho (surgido após o frustrado assalto aos quartéis Moncada e Carlos Manuel de Gramados, liderado por Fidel Castro, em 1953) e fez parte de sua Direção Nacional na clandestinidade.

Conheceu Raúl Castro em 1954 no México, durante o exílio dos irmãos Castro. Casou-se com ele pouco depois do triunfo da revolução, em 1959.

Espín, durante sua luta clandestina, utilizou os pseudônimos de "Débora", "Alicia", "Mónica" e "Mariela". Ela teve quatro filhos com Raúl Castro: Débora, Mariela, Nilsa e Alejandro.

Em 1960, criou a Federação de Mulheres Cubanas (FMC) para promover o papel da mulher no projeto revolucionário. Foi a maior organização feminina de massas, com mais de 4 milhões de filiadas, quase 90% das mulheres maiores de 14 anos em todo o país.

Devido ao cuidado de Fidel Castro com a privacidade de sua família, atuou também durante anos como primeira-dama em eventos e atos oficiais junto ao líder cubano. Paralelamente, seguiu carreira na administração e no Partido Comunista de Cuba. Foi deputada do Parlamento cubano desde a primeira legislatura.

Vilma Espín apareceu pela última vez em público em setembro de 2005, durante uma reunião do Parlamento no Palácio de Convenções de Havana.




Fonte: EFE

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