PT cobra "dízimo" de filiados com cargos de confiança; dívida pode ser parcelada

O PT está cobrando a contribuição partidária --apelidada de dízimo-- de 2.842 filiados que possuem cargos de confiança no governo federal. O valor devido por cada filiado varia de 2% a 10% do salário.

Os inadimplentes poderão parcelar em até 24 vezes a dívida acumulada desde julho de 2005. A forma de pagamento da dívida anterior a esse período será discutida pelo 3º Congresso Nacional do PT, previsto para julho.

Quem não regularizar o pagamento, ficará impedido de participar do congresso. Os inadimplentes começam a ser punidos a partir de agora. De acordo com o PT, quem não estiver em dia com o pagamento da contribuição partidária não poderá participar das primeiras etapas zonais do congresso, que acontecem neste fim de semana.

Segundo o PT, haverá encontros preparatórios em pelo menos cinco capitais: Curitiba, Goiânia, Belo Horizonte, Fortaleza e Manaus. O total de devedores só nestas capitais é de 1.094 pessoas com cargos de confiança no governo federal.

Para barrar a participação dos devedores nos encontros, haverá representantes da Secretaria de Finanças com os nomes dos filiados inadimplentes.

No mês passado, o PT se reuniu em Brasília e decidiu que iria cobrar cerca de R$ 30 milhões de 4.200 filiados que têm ou tiveram cargos no governo federal no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003 a 2006) e que estão inadimplentes.