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Politica Brasil
Sábado - 28 de Abril de 2007 às 08:01

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O deputado federal Carlos Abicalil afirmou nesta sexta-feira, após o diretório estadual do PT decidir apoiar oficialmente a administração estadual, que caberá ao próprio governador Blairo Maggi (PR) saber conduzir as forças partidárias na atual composição política do governo. A coalizão proposta por Maggi marca a “união” entre DEM (ex-PFL) e PT, dois adversários com participação no governo.

“Não desconhecemos a importância que o DEM teve para eleger e reeleger o governador Blairo Maggi. Nós (petistas) não tiramos o lugar de ninguém e vamos dar a nossa contribuição. Agora, eles mesmos dizem que não ocupam espaço no governo”, afirmou Abicalil. Os democratas detêm o comando da Seder (Secretaria de Desenvolvimento Rural) e, por enquanto, da Sinfra (Secretaria de Estado de Infra-estrutura). Já o PT ficou com a Educação.

“É claro que o DEM e o PT têm diferenças programáticas e ideológicas. Mas o Maggi é quem organiza o próprio governo. Ele saberá conduzir com maestria essa composição”, complementou Abicalil. Recentemente, o senador Jonas Pinheiro (DEM) declarou que a união entre PT e Maggi é artificial. Maggi deixou o PPS por apoiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição.

Em documento apresentado ao diretório estadual do PT, a corrente Articulação de Esquerda argumentou que “o partido perderá condições de se diferenciar de uma série de políticas e posicionamentos do governador em relação às questões ambientais, educacionais, indígenas, agrárias e de segurança pública, além da relação com os movimentos sociais e sindicais”. Os defensores da proposta foram derrotados em votação nesta sexta-feira.

Além do PR, partido do governador, a base aliada é formada por PMDB, PTB, PP, PSB, PPS, DEM, PDT e nanicos.“Com a participação do PT, o governo Blairo Maggi consegue unanimidade na Assembléia Legislativa. Somente o PSDB não compõe a gestão estadual, apesar de os dois deputados tucanos atuarem como aliados. Maggi não precisa do PT para ter governabilidade”, diz trecho do documento elaborado pela Articulação de Esquerda.

A corrente defendeu que o partido mantivesse "boas relações" com a administração, não aceitasse cargos e não discutisse as estratégias para as eleições municipais (2008) e majoritárias (2010) a partir das "necessidades de Maggi e do PR". Conforme o Olhar Direto havia informado no dia seguinte à última reunião dos petistas no Palácio Paiaguás, Abicalil pode receber o apoio dos republicanos para disputar a prefeitura de Cuiabá no ano que vem.

"A decisão (de integrar a base aliada do governo) foi acertada e madura. É uma decisão importante para 2008 e significa risco e responsabilidade", pontuou Abicalil, líder da corrente Unidade na Luta, que votou favoravelmente à participação dos petistas na administração. Primeiro suplente do PT na Assembléia Legislativa, Alexandre César vai assumir a cadeira deixada por Ságuas Moraes, novo secretário de Estado de Educação.





Fonte: Olhar Direto

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