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Internacional
Terça - 24 de Abril de 2007 às 14:33

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Setenta e quatro trabalhadores, entre eles nove chineses, morreram nesta terça-feira, em um ataque armado contra um campo de petróleo na Etiópia, anunciou à France Presse um porta-voz do governo. Sete chineses foram seqüestradas pelo mesmo grupo.

O ataque foi cometido contra as instalações da Agência de Exploração de Petróleo Zhongyuan, situada em Abole, um povoado a 120 km de Jijiga, a capital do Estado somali, na região de Ogaden, informou a agência de notícias Nova China.

"Foi um assassinato a sangue frio, um massacre", afirmou Berekat Simon, porta-voz do primeiro-ministro Meles Zenawi.

"Trata-se de um ato terrorista, ordenado por uma aliança terrorista que inclui a ONLF", acrescentou, em referência ao grupo separatista Frente de Libertação Nacional Ogaden.

"Sete chineses continuam prisioneiros. É possível que também tenham seqüestrado etíopes, estamos tentando averiguar os nomes", declarou Berekat.

"Depois de ter analisado cuidadosamente a situação, o Exército etíope perseguirá os autores e os entregará à justiça", acrescentou.

A China expressou sua firme condenação ao ataque, confirmado pela embaixada desse país na Etiópia. Lui Jianchao, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim, acrescentou que um cidadão chinês ficou levemente ferido.

O chanceler chinês Li Zhaoxing conversou por telefone com o colega etíope, Seyum Mesfin, e trataram de assuntos de interesse comum.

Segundo a Nova China, cerca de 200 homens armados lançaram uma ataque repentino contra as instalações da companhia. "Trinta e sete chineses estavam no lugar junto com mais de 120 empregados etíopes", afirmou a agência.

A Etiópia não é um país produtor de petróleo, apesar de, nos últimos anos, ter concedido licenças de exploração a algumas companhias.

Em março de 2006, o Ministério de Minas e Energia realizou uma oferta pública para explorar as jazidas de gás de Calub em Ogaden, que contariam com importantes reservas.

Em abril do mesmo ano, a ONFL afirmou que não "toleraria" a exploração de gás na região enquanto seu direito fundamental à autodeterminação fosse negado.





Fonte: BBC Brasil

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