Agricultores são alertados para fazer o 'vazio sanitário' e combater a ferrugem asiática
"A ferrugem se prolifera mais rapidamente com esse tipo de clima e as aplicações [de fungicida] ficam mais prejudicadas. A gente nem sempre pode fazer as aplicações no momento certo, o que pode acarretar um prejuízo mais tarde", diz o produtor. Ele ressalta que a colheita também fica mais difícil. "Para as máquinas entrarem no campo, não pode estar muito úmida para poder debulhar a vagem", completou.
Para diminuir a crise no setor, o Ministério da Agricultura e instituições de pesquisa criaram uma resolução que faz com que todos os produtores respeitem o vazio sanitário. No período de 15 de junho a 15 de setembro, todos devem eliminar as plantas vivas de soja.
No ano passado, por causa da ferrugem asiática, Juarez colheu apenas 44 sacas por hectare, das 55 esperadas. Depois disso, fez a prevenção e o vazio sanitário por vontade própria. Agora, ele espera colher 55 sacas por hectare. "Isso é fundamental para a nossa sobrevivência como produtores. Porque essa ferrugem é um problema seríssimo que temos. Além de aumentar o custo da produção com a aplicação de fungicida, a queda de produtividade gira em torno de 10 a 15 sacas, que seria nosso lucro", completou o produtor
De acordo com o engenheiro agrônomo Paulo Rogério Dias, do Indea, o principal objetivo do programa é combater a ferrugem asiática. A parte de cadastramento dos produtores e fiscalização ficará por conta do Instituto. "Obrigatoriamente tem que destruir as plantas, eliminar todas as plantas vivas. O Indea tem essa atribuição de obrigar o produtor a eliminar as plantas", disse Dias. O produtor que não obedecer a resolução pode ser multado em de R$ 134 a R$ 81 mil.
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