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Politica Brasil
Sábado - 24 de Março de 2007 às 09:06

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Na segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, e técnicos do governo com ligação na área de transportes, para definir se cria ou não a Secretaria de Portos, com status de ministério, que está sendo objeto de disputa entre o PSB e o PR. Lula não gostou da forma como o presidente do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), que já foi ministro dos Transportes e é o mais forte candidato a ocupar o cargo, tentou forçá-lo a desistir da criação da pasta.

Nascimento concedeu entrevistas afirmando que o partido não aceita o ministério sem a secretaria e se o presidente optar por essa mudança estará cometendo um erro administrativo.

Para interlocutores de Lula, esse tipo de pressão normalmente não apresenta bons resultados e pode levar o presidente a repensar todo o desenho dessas áreas, com o risco de até deixar Nascimento de fora do governo. Uma decisão sobre a questão deverá ser tomada na semana que vem - isso se o presidente não acabar optando por “empurrar com a barriga” o assunto para acalmar a disputa pela secretaria.

Na sexta Lula convocou o PSB para uma reunião no Palácio do Planalto, no fim da tarde. Na conversa, assegurou aos parlamentares do partido que podem ficar tranqüilos, mas não garantiu que eles terão a nova pasta.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente do PSB, que também esteve com Lula, avisou que o partido não será um problema para o governo. “O PSB não apóia o governo em troca de espaço, de caixinha, de ministério ou de diretoria de empresa”, declarou ele, explicando que o partido não vai constranger o presidente com nenhum pleito. Campos disse que Lula espera fechar a reforma ministerial na semana que vem e anunciar todas as nomeações ainda pendentes.

Equilíbrio de forças - Já o líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES), contou que “o presidente disse que desconhece os espaços que o governo tem e precisa ter a exata noção desse espaço, para poder encontrar o equilíbrio de forças”. Segundo ele, o comportamento do PR ao pressionar contra a retirada da Secretaria de Portos do Ministério dos Transportes não foi bom para o próprio partido.

“Não ficou bom para eles mesmos porque quem manda no governo é o presidente”, afirmou Casagrande, ao insistir em que o apoio do partido ao governo não está condicionado aos cargos que vier a obter. “Para resultado no Congresso traduzido em votos, é indiferente para nós os cargos obtidos. Não é isso que orienta o nosso partido a apoiar o governo, mas o projeto político”, declarou. Só que fez uma ressalva: “Não vamos ficar brigando por um cargo, mas se ficarmos só com o Ministério da Ciência e Tecnologia, tenho de dizer que não estaremos sendo atendidos em nossas posições políticas.” Disse ainda que, se Lula resolver nomear Pedro Brito para a Secretaria de Portos, o partido estará atendido.





Fonte: AE

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