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Economia
Sexta - 02 de Março de 2007 às 09:07
Por: Toni Vasconcelos

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Tecidos derivados do algodão produzido no oeste baiano já podem ser encontrados em prateleiras dos Estados Unidos. Desde o início de fevereiro, um acordo entre a Associação estadual dos Produtores de Algodão (Abapa), indústrias têxteis lideradas pela empresa mineira Coteminas e uma das maiores redes varejistas americanas, a JC Penney, já fez escoar mais de 16 milhões de peças de tecido para o mercado mais desenvolvido do planeta. O que tal volume corresponde em pluma de algodão beneficiado na Bahia não foi divulgado. Para costurar essa parceria inédita no setor, foi desenvolvido um selo de qualidade e denominação de origem, o Pure Brazil Cotton, que garantiu a prevalência do produto baiano em uma acirrada disputa com o algodão egípcio.

Segundo o vice-presidente da Abapa, Sérgio Pitt, contribuíram para a decisão em favor do produto baiano o clima e a topografia da região algodoeira no estado (que permite a mecanização em todas as etapas do cultivo) e o manejo sustentável, importante critério de compra para importadores americanos. “Podemos oferecer o que se chama de santidade dos contratos, ou seja, o cumprimento rigoroso dos termos e prazos acordados, além da rastreabilidade da origem e a alta qualidade da nossa pluma”, reforça Pitt.

O dirigente da Abapa conta que, em apenas 12 anos de cultura algodoeira no oeste, a Bahia já ocupa o segundo melhor lugar na produção da pluma no país, atrás apenas do Mato Grosso. Atualmente a área cultivada no estado é de 283 mil hectares, sendo 273 mil concentrados na região oeste. O volume produzido alcança 410 mil toneladas, 26% do total nacional. “O algodão tem um papel socioeconômico fundamental para a região. Mais de 12 mil empregos diretos são gerados na produção primária, envolvendo preparo de solo, plantio, capina, tratos culturais e colheita. As 52 empresas beneficiadoras, que processam a produção do oeste, também empregam mais de três mil trabalhadores”, acrescenta Sérgio Pitt.





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