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Saúde
Segunda - 26 de Fevereiro de 2007 às 05:16

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Um novo estudo realizado na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, pode finalmente ter descoberto uma droga capaz de reduzir o retardo mental causado pela síndrome de Down.

Segundo os cientistas, baixas quantidades de pentilenotetrazol (PTZ), uma droga que induz uma forma leve mas repetitiva de epilepsia, melhorou a performance de aprendizado de ratos de laboratórios. O trabalho foi publicado na Scientific American.

Em um experimento, cientistas deram a PTZ misturada com leite a ratos desenvolvidos com os mesmos problemas de aprendizado e memória registrados em portadores da doença. Depois de duas semanas de tratamento, os ratos modificados apresentaram desempenhos semelhantes aos dos ratos normais em testes de aprendizado.

Os pesquisadores testaram a droga porque ela interfere nos canais de íons nas células do cérebro (neurônios). Quando ativados, esses canais, conhecidos como receptores Gaba, inibem um pouco o trabalho das células, fazendo com que elas forcem a formação de novas sinapses, ou conexões, com neurônios vizinhos.

Segundo o neurobiologista Craig Garner, a síndrome de Down pode ocorrer porque o cérebro contém muitos inibidores de sinais. "Para aprender, você deve ter um período em que as sinapses possam ficar mais fortes ou fracas. Essa mudança não é possível quando há muita inibição", disse.

Garner e seus colegas deram ao rato a PTZ em pequenas doses diariamente por duas a quatro semanas para aumentar os níveis de excitação no cérebro. Imediatamente após o tratamento, os animais modificados tiveram uma performance semelhante a dos ratos normais em dois testes de memória - reconhecer objetos visualizados anteriormente.

No entanto, os pesquisadores alertam para um possível problema no desenvolvimento da pesquisa. A PTZ foi retirada do mercado há 25 anos depois de ter causado perigosos efeitos colaterais em alguns pacientes. Mas as pesquisas com a droga vão continuar. Garner disse que as avaliações clínicas do PTZ podem começar em um ou dois anos, e os outros testes finais podem levar de cinco a dez anos.




Fonte: Terra

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