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Economia
Sábado - 17 de Fevereiro de 2007 às 04:22

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Os produtores rurais de Mato Grosso estão buscando mais informações sobre o mercado futuro e fechando mais contratos.

A informação é do analista de mercado e gerente do Centro Boi, Luciano Vaccari, que trabalha com contratos futuros para produtores rurais na Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato). Segundo Luciano, atualmente o Centro Boi tem negociado cerca de três mil bois por mês na BM&F.

“Esse número é considerável se lembrarmos que é uma situação recente. Aumentou sim o número de produtores rurais que buscam por informações. Há muitos sindicatos em busca de palestras para mostrar os benefícios do mercado futuro”, explicou Vaccari.

O gerente do Centro Boi analisou que há três situações que impediam o produtor rural de fazer o contrato de mercado futuro até o ano passado. A primeira era a falta de informações sobre onde fazer o contrato. Para resolver isso, lembrou Vaccari, o Centro Boi se instalou na Famato.

“O produtor que vai até ao responsável pelo fechamento do contrato quer conversar e entender o que será feito. O produtor rural é assim”, afirmou Vaccari.

O segundo item era a falta de alguém ir até os produtores e mostrar como fazer e quais os benefícios reais. Para isso, segundo Vaccari, os especialistas no assunto têm buscado divulgação em palestras, reuniões, conversas e até mesmo entrevistas.

O terceiro fator de dificuldade, de acordo com Vaccari, são os custos para a realização do contrato, problema que pode ser sanado com a autorização do financiamento. Além de o governo federal ter autorizado a linha de crédito, a BM&F reduziu o valor da margem de garantia nos últimos meses.

“O produtor precisa entender que atualmente o mercado futuro é a melhor forma de proteger o preço da produção. Com o mercado futuro, o produtor não ganha ou perde dinheiro com a venda da commodity. Ele deixa de perder ou deixa de ganhar determinado valor depois que o preço para o futuro foi fixado, e ainda sem precisar, necessariamente, entregar a mercadoria”, explicou Vaccari.

O gerente do Centro Boi exemplificou que um pecuarista, em outubro do ano passado, poderia fixar o valor da arroba do boi para R$ 59. A cotação, no entanto, ficou em R$ 55. Considerando a alteração regional, o produtor deixou de perder R$ 7 por arroba.

“É muito dinheiro que o pecuarista está deixando de perder”, avaliou Vaccari.(AC)




Fonte: Diário de Cuiabá

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