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Politica Brasil
Sexta - 09 de Fevereiro de 2007 às 08:44

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Os 12 senadores das quatro unidades federativas do Centro-Oeste (o Distrito Federal e os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) estiveram reunidos ontem, em Brasília, com os governadores José Roberto Arruda (DF) e André Pucinelli (MS) para tratar de projetos de interesse da região e mudanças nos repasses de recursos recebidos da União.

No cardápio, o PAC (Plano de Aceleramento do Crescimento), proposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e assuntos comuns a região como a repartição da CPMF e Cide com os estados, ampliação da recomposição das perdas tributárias com a Lei Kandir, aumento de investimentos em infra-estrutura e novos empreendimentos no agronegócio.

De acordo com o senador Jonas Pinheiro (PFL), o encontro foi "muito promissor" e já foi marcada a próxima reunião para dia 1º de março se possível com a presença dos demais governadores.

Para Mato Grosso, Jonas destacou, na proposta do PAC, a criação do álcoolduto, a navegação nos rios Paraná/Paraguai e reestruturação das BRs-364, 158 e 163. “Vamos trabalhar também para constituir o PAC/Rural para tentar um maior apoio do Governo Federal ao agronegócio”.

O Parlamentar mato-grossense lembrou que outro item importante é a repartição da Cide de 29% para 46%, mas também devem mudar os critérios para divisão entre os estados, a fim de evitar que o DF, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul fiquem prejudicados.

Já o senador Jaime Campos (PFL) classificou de "um momento histórico" a reunião dos 12 senadores do Centro-Oeste com os governadores José Roberto Arruda e André Puccinelli. "Existe uma imensa vontade de seguir uma direção só, consolidando a força política do Brasil Central", reconheceu. "Acima dos interesses partidários, estão os temas da região", arrematou o senador mato-grossense.

A petista, senadora Serys Marly, afirmou que o Centro-Oeste precisa se articular para obter maior fatia de recursos, principalmente, para a infra-estrutura. "Discutimos algumas questões que estão no PAC e que a região Centro-Oeste talvez esteja precisando de uma maior mobilização para fazer com que tenha mais recursos de infra-estrutura". Sobre o encontro a senadora se empolgou: “A intenção é mostrar a força política de 12 senadores de uma região promissora”.

Pressão

Os senadores e governadores evitam dizer diretamente que a intenção é pressionar o Planalto. Mas a intenção é clara. Com 12 votos – e na expectativa da adesão de mais três, do Tocantins – num total de 81, a bancada no Senado pode influenciar os colegas a barrar leis importantes para o PAC.

A barganha seria o atendimento das reivindicações do Centro-Oeste e de outras regiões, também insatisfeitas com o programa. Na Câmara Federal, as bancadas pouco poderiam fazer. “Ali o rolo compressor do governo é muito grande. Vai ser difícil vencer lá”, afirmou um dos participantes da reunião.





Fonte: Midia News

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