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Internacional
Domingo - 24 de Dezembro de 2006 às 20:53

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O funeral civil de Piergiorgio Welby --que sofria de distrofia muscular progressiva e que, como era seu desejo, morreu após o desligamento de um respirador artificial-- foi realizado hoje em Roma depois de a Igreja italiana não autorizar uma cerimônia religiosa.

A viúva de Welby, Mina, disse durante o funeral civil, realizado na praça San Giovanni Bosco, que sentia que seu marido "era realmente livre" e estava "contente". Várias pessoas participaram da cerimônia, com a presença do caixão de Welby, de 60 anos.

Durante meses Welby travou uma batalha para reivindicar seu direito a morrer, que não foi amparado pelo Tribunal Civil de Roma. Um médico realizou o desejo de Welby de desligar, com sedação prévia, o respirador automático.

A família quis realizar um funeral religioso, mas o Vicariato de Roma não autorizou o culto. Por isso, a cerimônia civil ocorreu na praça da igreja do bairro onde Welby vivia.

O vicariato explicou na sexta-feira, um dia depois da morte de Welby, que não pôde autorizar as exéquias religiosas porque o italiano havia manifestado publicamente em várias ocasiões sua vontade de pôr fim a sua vida, "o que contrasta com a doutrina católica".

O caso de Welby é diferente dos de suicídio, nos quais "se presume a ausência das condições de plena consciência e deliberado consenso", explicou o vicariato em comunicado, apesar de destacar "as orações de Igreja pela eterna salvação" do italiano.

Mina expressou seu agradecimento ao médico anestesista Mario Riccio, que se interessou pelo caso e se ofereceu para desligar a máquina. A viúva o definiu como "um homem valente e forte".

Riccio explicou após a morte de Welby que não se tratava de um caso da eutanásia, mas de rejeição do tratamento terapêutico, pois o doente não queria continuar com o respirador artificial.

O caso de Welby, doente desde os 30 anos e prostrado em uma cama desde 1997, gerou um debate sobre a eutanásia na Itália, dividindo os partidos políticos.

Welby começou sua batalha por uma morte assistida em setembro, quando enviou uma carta ao presidente da República, Giorgio Napolitano, na qual exigia seu "direito à eutanásia".

Depois, apresentou um recurso ao Tribunal Civil de Roma, que o considerou "inadmissível", pois, embora reconhecesse que Welby podia pedir o fim do tratamento terapêutico, assinalou que este é "um direito não tutelado concretamente no ordenamento".

Funeral civil de italiano que recebeu ajuda para morrer é realizado em Roma

da Efe, em Roma

O funeral civil de Piergiorgio Welby --que sofria de distrofia muscular progressiva e que, como era seu desejo, morreu após o desligamento de um respirador artificial-- foi realizado hoje em Roma depois de a Igreja italiana não autorizar uma cerimônia religiosa.

A viúva de Welby, Mina, disse durante o funeral civil, realizado na praça San Giovanni Bosco, que sentia que seu marido "era realmente livre" e estava "contente". Várias pessoas participaram da cerimônia, com a presença do caixão de Welby, de 60 anos.

Durante meses Welby travou uma batalha para reivindicar seu direito a morrer, que não foi amparado pelo Tribunal Civil de Roma. Um médico realizou o desejo de Welby de desligar, com sedação prévia, o respirador automático.

A família quis realizar um funeral religioso, mas o Vicariato de Roma não autorizou o culto. Por isso, a cerimônia civil ocorreu na praça da igreja do bairro onde Welby vivia.

O vicariato explicou na sexta-feira, um dia depois da morte de Welby, que não pôde autorizar as exéquias religiosas porque o italiano havia manifestado publicamente em várias ocasiões sua vontade de pôr fim a sua vida, "o que contrasta com a doutrina católica".

O caso de Welby é diferente dos de suicídio, nos quais "se presume a ausência das condições de plena consciência e deliberado consenso", explicou o vicariato em comunicado, apesar de destacar "as orações de Igreja pela eterna salvação" do italiano.

Mina expressou seu agradecimento ao médico anestesista Mario Riccio, que se interessou pelo caso e se ofereceu para desligar a máquina. A viúva o definiu como "um homem valente e forte".

Riccio explicou após a morte de Welby que não se tratava de um caso da eutanásia, mas de rejeição do tratamento terapêutico, pois o doente não queria continuar com o respirador artificial.

O caso de Welby, doente desde os 30 anos e prostrado em uma cama desde 1997, gerou um debate sobre a eutanásia na Itália, dividindo os partidos políticos.

Welby começou sua batalha por uma morte assistida em setembro, quando enviou uma carta ao presidente da República, Giorgio Napolitano, na qual exigia seu "direito à eutanásia".

Depois, apresentou um recurso ao Tribunal Civil de Roma, que o considerou "inadmissí





Fonte: EFE

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