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Sexta - 08 de Dezembro de 2006 às 08:49

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Quatro operações da Polícia Federal (PF), realizadas ontem, resultaram em 61 prisões. As pessoas estavam envolvidas em crimes pela internet, ambientais e fraudes no INSS. No total, são mais de 500 policiais que ainda trabalham nas buscas, apreensões e prisões em seis estados do país.

Em Belém (PA), acontece a Operação Control+Alt+Del que já prendeu 39 pessoas no Pará, uma pessoa no Piauí e outra no Maranhão. Além disso, há mandados de prisão e de busca e apreensão em Goiás e em São Paulo. O objetivo, segundo a Polícia Federal, é prender uma quadrilha envolvida com o roubo de senhas bancárias por meio da internet.

De acordo com a assessoria da PF, os envolvidos enviavam vários e-mails que simulavam mensagens de órgãos federais e de bancos, o que induzia os usuários a acessarem sites falsos. Com isso, eram capturados os números de contas e as senhas que facilitava as transferências de dinheiro para pagamento de contas diversas.

A assessoria de imprensa da PF ainda informou que os presos serão indiciados pelos crimes de furto mediante fraude, formação de quadrilha, violação de sigilo bancário e lavagem de dinheiro. No total, 215 policiais federais participam da ação. De acordo com a Polícia Federal, ao final da operação vai ser contabilizado quantas pessoas foram prejudicadas com a fraude e quais foram os prejuízos.

Já a Operação Passagem, em Rondônia, cumpriu nove mandados de prisão e os 62 mandados de busca e apreensão previstos. A Polícia Federal, com a ajuda do Ibama, descobriu os envolvidos que exploravam madeira de forma ilegal das reservas indígenas de Lajes e Ribeirão, na região oeste do estado. Foram 160 policiais que participaram da ação.

Segundo o superintendente regional da PF, Joaquim Mesquita, a madeira era exportada para a Bolívia passando pelo município de Guajará-Mirim. Os transportadores faziam uso de Autorização para Transporte de Produtos Florestais (ATPFs) irregulares. As autorizações eram furtadas no Ibama do Pará e vendidas em Rondônia.

“Agora essas pessoas estão presas e ficam à disposição da Justiça Federal. As nossas equipes estão analisando todo o material que foi apreendido nas buscas, todos os documentos que foram arrecadados, equipamentos de informática para que brevemente tenhamos condições de apresentar um relatório ao Poder Judiciário e ao Ministério Público Federal”, destacou Mesquita.

Em São Luís, no Maranhão, ocorreu a Operação Sentença que prendeu 11 pessoas, mas uma pessoa ainda está foragida. A finalidade foi reprimir o crime previdenciário na capital maranhense. O superintendente regional da PF, Gustavo Ferraz, explicou que o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) faz um acompanhamento regular sobre a produtividade dos seus servidores e verificou que uma funcionária tinha uma produtividade muito alta.

“Enquanto os outros concediam 100 benefícios por mês, ela concedia 300, bem acima da média dos demais. E também foi verificado que a grande maioria dos benefícios eram colocados com o comando de ordem judicial”, ressaltou Ferraz. O prejuízo aos cofres da União, segundo a PF, está estimado em aproximadamente R$ 3,3 milhões.

O trabalho conjunto da Força-Tarefa Previdenciária no Maranhão (FTPrev/MA) envolveu cerca de 100 policiais federais, além dos servidores do Ministério da Previdência Social. A operação deu cumprimento também a 13 mandados de busca e apreensão. Já os documentos apreendidos serão analisados por técnicos da Previdência Social.

A Polícia Federal também realizou a Operação Cristal Negro que fechou nove carvoarias que cometiam crimes ambientais em Cristalina, cidade do Goiás. Os proprietários produziam e vendiam carvão em vários lotes de um assentamento do Incra.

Segundo a PF, a madeira utilizada para a produção do carvão era retirada de uma área de preservação ambiental permanente e até das margens dos rios da região. As carvoarias operavam sem autorização e há suspeita de abuso contra os direitos dos trabalhadores destes assentamentos. Até o momento, a PF não divulgou quantas pessoas foram presas.

Os responsáveis pelos crimes ambientais responderão por corte de árvores em área de preservação permanente, venda e transporte ilegal de carvão e construção de obras potencialmente poluidoras.





Fonte: ABr

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