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Nacional
Quarta - 29 de Novembro de 2006 às 17:30

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As principais centrais sindicais do país começaram hoje (29) uma mobilização nacional para desembocar na 3ª Marcha do Salário Mínimo, que acontece no próximo dia 6, em Brasília. Apesar do nome, a marcha terá outra bandeira principal além do reajuste do piso salarial nacional de R$ 350 pra R$ 420. É o reajuste da tabela de isenção do Imposto de Renda. Atualmente, só é isento de Imposto de Renda quem recebe até R$ 1.257,12 por mês. Os sindicalistas querem o reajuste de 7,77% desse valor, correção que, segundo eles, zeraria as perdas no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

As manifestações de hoje tomaram as ruas de seis capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza e Salvador. Os atos foram organizados pela Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT), a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical e a Social Democracia Sindical (SDS).

Os sindicalistas também pedem a garantia de que o seu pagamento seja antecipado para março de 2007, conforme acerto entre as lideranças sindicais e os ministérios da Fazenda e do Trabalho. Além disso, as centrais pedem uma política permanente de valorização do salário mínimo.

De acordo com o presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Edílson de Paula Oliveira, a Marcha do Salário Mínimo pode ser considerada uma vitória porque representa o amadurecimento das centrais sindicais que se uniram em torno de um objetivo comum. "Hoje é uma preparação para a marcha do dia 6 ser melhor, para que consigamos levar ao governo a preocupação de que é preciso manter a política de recuperação do salário mínimo. O valor é importante, mas só isso não basta. O que nós queremos é que governo implante definitivamente uma política de recuperação do salário mínimo".

Além da caminhada até o Congresso Nacional, no dia 6, os sindicalistas reúnem-se um dia antes com o presidente da câmara e do senado, além de realizarem um seminário no Congresso Nacional direcionado aos líderes dos partidos. No dia 7, reúnem-se com o governo para discutir as propostas.

Este mês, o secretário-adjunto da Receita Federal, Ricardo Pinheiro, disse que o governo federal não tinha intenção de revisar a tabela do imposto de renda. "Não existe esta demanda", alegou.

Já o presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, deputado Gilmar Machado (PT-MG) afirmou ontem (28) que o aumento de R$ 9,7 bilhões na previsão de receita do governo federal para 2007 deve ser usado, em parte, para reajustar a tabela de isenção do Imposto de Renda.

A 3ª Marcha do Salário Mínimo é uma das sete campanhas definidas pela Assembléia Popular para o próximo governo Lula. A Assembléia é uma união de movimentos sociais, organizações e sindicatos do país. A revisão da privatização da Vale do Rio Doce e a redução da tarifa de energia elétrica estão entre as reivincidações consideradas prioritárias.





Fonte: Agência Brasil

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