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Polícia Brasil
Sexta - 24 de Novembro de 2006 às 06:25

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Belezas e atrativos o Rio de Janeiro vão seduzir as delegações que virão para os Jogos Pan-Americanos de 2007, mas, por causa da violência, os passos dos atletas na cidade terão que passar pelo crivo da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Nesta quinta-feira, o planejamento do controle de risco feito pelos agentes foi apresentado a chefes e representantes de serviços de inteligência dos 42 países participantes. Passeios individuais ou a locais perigosos não serão aprovados. A Abin relacionou 243 pontos de risco no município, sobretudo nas vias expressas.

A Abin utiliza metodologia de análise de risco já empregada em grandes eventos esportivos, como as Olimpíadas de Sidney, na Austrália (2000), e de Atenas, na Grécia (2004). Com base nessa ferramenta e em adaptações à realidade local, a cidade foi mapeada de acordo com níveis de risco.

Pontos de risco

Como as vias expressas são a maior preocupação da Abin, a Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio (CET-Rio) e as polícias vão trabalhar de forma integrada para possibilitar tráfego rápido pelas linhas Amarela e Vermelha e pela avenida Brasil, por corredores exclusivos. Apesar da proximidade com favelas controladas por traficantes, não há previsão de ocupação.

Informações colhidas pelo setor de inteligência vão orientar a atuação das polícias, para minimizar perigos. "As delegações devem informar previamente sua programação. Vamos conversar com as áreas diplomáticas dos países para tratar do assunto", explicou o assessor de Planejamento da Abin, Luiz Alberto Sallaberry.

A maior atenção será dada aos americanos, alvo primordial de terroristas. Como em outros eventos, os Estados Unidos vão mandar agentes para proteger seus atletas. O trabalho, entretanto, terá que ser integrado com as autoridades brasileiras. Alguns atletas trarão sua própria segurança.

Aumento nas revistas à população Nos próximos meses, os cariocas devem se acostumar com exercícios de segurança na cidade. Todos os procedimentos do projeto do Pan terão que ser simulados na prática. Operações no metrô e nos trens, por exemplo, estão previstas. Na época dos Jogos, serão intensas as revistas à população e a veículos na cidade para prender infratores e reprimir crimes.

Tanto a Abin quanto os demais órgãos envolvidos no esquema de segurança do evento querem evitar, no entanto, que esses exercícios tragam transtornos para o Rio, mas sabem que a rotina será inevitavelmente alterada. Durante o evento, entre 13 e 29 de julho, será grande o aumento do policiamento ostensivo no Rio.

"A população terá que colaborar. Não serão grandes transtornos. O objetivo e depurar possíveis falhas", afirmou Sallaberry. A promessa, entretanto, é de que as ocorrências policiais não ofusquem as competições.

Para o próprio encontro de chefes de serviços secretos foi mobilizado forte esquema de segurança. O evento termina hoje no hotel Le Canton, em Vargem Grande, Teresópolis. Na entrada estavam ontem duas viaturas da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil e equipes da PM. Outro grupo de elite ficou, de helicóptero, na Rio-Teresópolis, na altura de Parada Modelo.




Fonte: O Dia

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