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Internacional
Segunda - 13 de Novembro de 2006 às 09:26

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Um manifestante morreu durante confronto com a polícia nas ruas de Dacca, capital de Bangladesh, nesta segunda-feira, durante protestos que exigem reforma na lei eleitoral do país.

Policiais atiraram balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo contra os cerca de 5.000 de manifestantes, que revidaram lançando pedras contra a polícia.

Além da vítima fatal, dezenas de pessoas ficaram feridas durante os confrontos, ocorridos perto de um hotel de luxo localizado no centro de Dacca. Os distúrbios tomam as ruas da capital pelo segundo dia consecutivo, juntamente com uma greve dos serviços de transporte público do país.

A polícia local não comentou a morte do manifestante, cuja identidade não foi divulgada.

Vários veículos foram depredados pela multidão que se manifestava, segundo testemunhas.

Manifestantes também ocuparam rodovias que ligam Dacca a outras regiões, isolando a capital do restante do país, segundo a rede de TV ATN Bangla.

Neste domingo, uma multidão de manifestantes ateou fogo a um trem e atacou trabalhadores do transporte público que desrespeitaram a convocação de greve, segundo a imprensa local.

Um homem morreu ontem durante os violentos distúrbios. O governo destacou cerca de 15 mil policiais para conter a violência nas ruas.

Redes de TV de Bangladesh informaram ontem que o governo interino planeja destacar o Exército para regularizar a situação nas ruas. O governo não confirmou a informação.

Eleições

As manifestações tiveram início neste domingo, por iniciativa da aliança de oposição composta por 14 partidos, que exige a renúncia de autoridades eleitorais.

Os protestos desafiam a proibição do governo à realização de atos públicos nas ruas.

A aliança pede a renúncia do chefe da Comissão Eleitoral, M.A. Aziz, e de três de seus assessores, que são acusados de favorecer o premiê Khaleda Zia e sua coalizão de quatro partidos nas eleições de janeiro. Aziz nega a acusação e se recusa a deixar o cargo.

Segundo a aliança de oposição, liderada pelo partido Liga Awami, o presidente Iajuddin Ahmed falhou em tomar as medidas necessárias para garantir que o pleito fosse "livre e justo".

Nesta segunda-feira, Ahmed pediu que quatro assessores se reunam com líderes da aliança para tentar dar fim ao impasse, segundo o porta-voz de governo, Mahbubul Alam.

"Os assessores se reunirão com líderes políticos o mais rápido possível. O governo quer resolver o quanto antes a crise", disse Alam.





Fonte: O Documento

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