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Internacional
Sábado - 11 de Novembro de 2006 às 11:52

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Doze pessoas morreram neste sábado devido à violência no Iraque, onde as forças armadas americanas estudam uma mudança de rumo para fazer frente aos grupos insurgentes, entre eles a Al Qaeda, que prometeu mobilizar 12 mil combatentes contra as tropas dos Estados Unidos.

Oito civis iraquianos morreram em um atentado e um oficial dos serviços secretos do país faleceu nas mãos de rebeldes que atiraram contra seu carro em um bairro de Bagdá, informou uma fonte da segurança.

"Um carro-bomba e uma bomba artesanal explodiram simultaneamente pouco antes das 12h00 locais (07h00 de Brasília) no centro de Bagdá", no bairro comercial de Hafez al Qazi, anunciou a fonte.

Pouco antes, homens armados interceptaram o carro de um oficial dos serviços secretos israelenses, cuja identidade não foi revelada, e atiraram contra ele no bairro al-Bayaa, no sul da capital.

Integrantes da polícia, do exército e de organizações da segurança pública são freqüentemente alvo de ataques dos rebeldes armados.

Em uma semana, entre 2 e 8 de novembro, 39 policiais foram assassinados e 170 ficaram feridos em diferentes ataques em Bagdá, segundo o porta-voz do Ministério iraquiano do Interior, general Abdel Karim Jalaf.

Ainda neste sábado, a polícia descobriu os corpos de cinco pessoas assassinadas em vários bairros de Bagdá, entre eles o de uma mulher, segundo uma fonte de segurança.

Enquanto a violência persiste no país, os Estados Unidos estudam uma possível mudança de estratégia.

"Temos que fazer uma revisão honesta sobre o que funciona, o que não funciona, quais são os impedimentos para o progresso e o que precisamos mudar na forma como estamos fazendo", disse o general Peter Pace, chefe do estado-maior conjunto dos Estados Unidos, em entrevista à emissora CBS.

Funcionários do Pentágono informaram que Pace ordenou a formação de um grupo de estudos no âmbito do estado-maior, ao qual somou estrategistas com experiência recente no Iraque. Os resultados são esperados para dentro de 60 dias.

O general Pace evitou, em várias entrevistas, dar detalhes sobre as recomendações que o estado-maior colocará sobre a mesa do novo secretário de Defesa, o ex-diretor da CIA, Robert Gates.

A célula iraquiana da Al-Qaeda ameaçou na sexta-feira explodir a Casa Branca como parte de um plano para instaurar um "califado islâmico" e afirmou que dispõe de 12 mil combatentes no país do Golfo, segundo uma gravação de áudio atribuída a seu chefe, Abu Hamza al Muhajer, e difundida pela internet.

Por outro lado, o exército americano anunciou o oferecimento de seu governo de recompensa de 50.000 dólares por qualquer informação que possibilite a libertação de Ahmed Qusai al-Taie, o soldado americano de origem iraquiana seqüestrado em 23 de outubro, em Bagdá.

"Ahmed Qusai al-Taie é um americano de origem iraquiana que se instalou nos Estados Unidos quando adolescente e se somou à reserva do exército de terra em 2004. Foi mobilizado em agosto de 2005 e enviado para o Iraque três meses depois", lembrou o exército em um comunicado.

Al-Taie, de 41 anos, é tradutor do exército americano. Ele foi seqüestrado em 23 de outubro em Bagdá, após sair da Zona Verde, área fortificada do centro da capital, para visitar familiares, sem permissão e sem avisar seus superiores.

Por último, ainda segundo o exército americano, um marine morreu na sexta-feira no oeste do Iraque "à margem de operações de combate".

"Um marine do 7º Regimento de Combate morreu na sexta-feira à margem de operações de combate, na província de Al Anbar", foco de insurreição sunita no oeste do país, informou um comunicado militar publicado neste sábado.

Na sexta-feira, o exército americano havia anunciado a morte de quatro soldados na véspera em diferentes ataques.

Um total de 2.841 militares americanos morreu no Iraque desde a invasão ao país, em março de 2003, segundo uma contagem da AFP com base em informações do Pentágono.





Fonte: AFP

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