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Sexta - 10 de Novembro de 2006 às 14:08

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O caso do "gato" Carlos Alberto virou internacional, mas não deve dar dor de cabeça ao Brasil. A Fifa já deu seu perdão ao país por mais uma fraude de atleta brasileiro em um de seus torneios. A federação espanhola, que esperava o andamento do processo para tomar decisão, não tem chance de herdar o título ganho pelo Brasil no Mundial sub-20 dos Emirados Árabes Unidos em 2003.

A Folha revelou que o volante do Figueirense tem hoje 28 anos, e não 23. Com documentos falsos, jogou o Mundial sub-20 com 25 anos --o Brasil venceu na final por 1 a 0 a Espanha.

"Estamos acompanhando o caso e vamos esperar a decisão da Justiça e o posicionamento da Fifa a respeito. Vimos que o Carlos Alberto não atuou na final contra nós por estar suspenso [recebeu cartão amarelo na semifinal com a Argentina]. Com o jogador punido, a federação tomará sua decisão", disse Jorge Carretero, porta-voz da federação espanhola.

Mas a Fifa, que proibiu o México de atuar na Olimpíada-88 e na Copa-90 por ter usado quatro "gatos" em qualificatório para o Mundial júnior-89, já brecou uma possível ação.

O secretário-geral da entidade, Urs Linsi, disse ontem no Rio que a seleção brasileira não vai perder o título. "Futebol não é perfeito. Acho que, em princípio, se você joga um torneio, tem um tempo para protestar. Este tempo acabou. Isto é um procedimento normal para o futebol", disse o segundo dirigente na hierarquia da Fifa.

Questionado duas vezes se a participação irregular do atleta maculou o título brasileiro, o secretário-geral se negou a responder. Linsi está acompanhando o Mundial de futebol de praia em Copacabana.

No almoço oferecido ontem pela Fifa a jornalistas brasileiros, Linsi defendeu a CBF. Ele disse que a entidade nacional não tem poder para contestar os documentos apresentados pelos atletas. "É impossível ser uma nova polícia", disse. Logo após, ele entrou em contradição. O secretário elogiou o trabalho da força-tarefa criada pela Fifa para investigar a lavagem de dinheiro no futebol.

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, negou a participação da entidade na fraude dos documentos do volante, que desde ontem está suspenso provisoriamente pelo STJD. Carlos Alberto não foi o primeiro !gato" usado pelo Brasil em competições da Fifa e da Conmebol. Em 1997, Anailson foi campeão do Mundial sub-17, no Egito, com 19 anos.





Fonte: 24HorasNews

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