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Polícia Brasil
Sexta - 10 de Novembro de 2006 às 06:33
Por: Adilson Rosa

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O assassinato do advogado criminalista Duarte José do Couto Júnior de 30 anos, pode ter sido de encomendado. A suspeita partiu de policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ao descobrir que a vítima nunca teve o traficante Vanderson da Conceição Ferreira, o “Deco”, de 20 anos, como cliente. A esposa de Vanderson e a mãe dele disseram aos policiais desconhecer Duarte como advogado de Vanderson. O traficante foi defendido por uma advogada.

Valderson foi preso anteontem à tarde no trevo de acesso ao bairro Cidade Verde, cerca de 12 horas após executar o advogado, morto com três tiros na terça-feira à noite, no bairro Santa Isabel. Ao ser preso, confessou ter assassinado o advogado porque ele teria pegou R$ 1.800 para defendê-lo numa prisão em flagrante por tráfico de drogas.

“Quem fez a petição (protocolou o pedido) para a liberdade provisória dele junto à 9a Vara Criminal foi uma advogada”, informou a chefe de operações da DHPP. Ao ser preso anteontem, esteve na DHPP com outro advogado.

Para o delegado João Bosco de Barros, responsável pelas investigações, a motivação do crime ainda não está esclarecida. “A certeza que temos é que o Vanderson é o autor do crime. Isso está comprovado. Falta saber o motivo”, assegurou.

Conforme as investigações, Duarte recebeu uma ligação na semana passada de um cliente que o ameaçava. A ligação teria partido de um presídio. Nervoso, o advogado não teria fornecido detalhes da ameaça, mas disse que seria de um presidiário. Duarte estava na DHPP quando recebeu o telefonema.

Policiais que participam da investigação explicaram que alguns pontos ainda não estão esclarecidos. Um deles é o revólver usado no assassinato que não apareceu. “A arma foi roubada de uma casa durante um assalto no Jardim Cuiabá”. (Leia matéria nesta página).

Outra questão é que Vanderson encontrou o advogado, por acaso, em frente a uma boca-de-fumo. “Minha mãe disse que ele (Duarte) foi em casa cobrar o restante do combinado e nem sabia que eu estava em liberdade. Então, ao encontrá-lo (no final da rua Nova Olímpia), aproveitei e atirei nele”, justificou-se. Vanderson acrescentou que atirou porque sabia que o advogado andava sempre armado com uma pistola e, ao abrir a porta do carro, pensou que iria pegar a arma. Então, atirou três vezes.

Para os policiais, no entanto, o advogado teria sido levado até o local para ser executado, pois uma pessoa foi vista no banco do passageiro. A porta estava aberta.





Fonte: Da Reportagem

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