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Saúde
Quinta - 09 de Novembro de 2006 às 15:07
Por: Jesiel Pinto

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Durante o segundo dia da III Reunião Estadual de Avaliação do Programa de Controle da Dengue, realizado no Hotel Fazenda Mato Grosso (09/11), em Cuiabá, o Estado de Mato Grosso conquistou duas posições vantajosas. É o Estado com menor aumento percentual de casos de dengue na região Centro Oeste, 24.88%. Todos os outros Estados que pertencem à região tiveram aumentos maiores. E ficou, também, com a 12ª posição no ranking dos Estados com número de casos de dengue confirmados e óbitos causados pela doença, atrás de Estados como o Ceará, Amazonas, Rio de Janeiro e Goiás. (Foram seis casos confirmados e um óbito até outubro de 2006.)

Para a técnica da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Cristiane Pujol, que proferiu palestra na reunião de avaliação da dengue, “Mato Grosso tem demonstrado uma sensibilidade muito elevada no combate, enfrentamento e controle da dengue o que tem deixado o Ministério da Saúde muito tranqüilo quanto ao desempenho do Estado no Programa Nacional de Controle da Dengue”.

Cristiane Pujol anunciou que as características da dengue estão mudando, tanto em nível estadual como nacional. “A dengue está se interiorizando”, explicou, acrescentando que até o ano 2.000 a doença era considerada de atuação estritamente urbana. “Desse ano em diante a dengue ficou ativa não apenas nas capitais, mas também em municípios do interior dos Estados. Por isso o foco de combate e controle da doença também mudou”.

De acordo com a técnica o Ministério da Saúde está recomendando que os Estados se concentrem em celebrar parcerias com os municípios na proliferação da doença. “Na avaliação notamos que Mato Grosso já vem monitorando seus municípios o que o coloca na posição de um bom conceito de atuação e acima de tudo a demonstração do Governo em se preocupar com esta endemia que atinge a população, principalmente na época das chuvas. O que é constatado na redução do número de casos confirmados e na adoção de medidas continuas, não apenas no período em que doença surge com mais relevância, que é o período chuvoso”, acrescentou.

A “interiorização da dengue” também serviu como base para um incremento dos programas de Educação em Saúde preconizados pelo Ministério da Saúde, segundo Cristiane Pujol. Ela disse que o combate e controle da dengue tem como prioridade a participação ativa da população e que, para tanto, essa população precisa ser bem informada sobre os sintomas da doença, o ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, e os meios de evitar a sua proliferação. “Informação é a melhor forma de prevenção”, defendeu a técnica. “Apenas no ano passado o Ministério da Saúde investiu no programa Educação em Saúde três vezes mais recursos do que foi investido na aquisição de inseticidas”.

Por parte do Ministério da Saúde as novidades no controle da dengue são as parcerias com as Universidades e Institutos de Pesquisa na busca de novas tecnologias contra o vírus da doença. “Nessas parcerias as Universidades e os Institutos de Pesquisa procuram novos larvircidas e inseticidas. Está se pesquisando, também, a criação de biolarvircidas que sejam mais rápidos e seguros no controle da doença”, explicou Cristiane Pujol. Ela estimou que resultados dessas pesquisas poderão ser anunciados até o final do ano de 2007.

As inovações também surgiram na área da informação. O Ministério da Saúde criou o Levantamento do Índice de Infestação (LII), um procedimento que fornece números quantitativos de infestação da dengue para que, baseando-se nesses números, os Estados pudessem traçar políticas de controle da doença. O processo era demorado, requeria dois meses para dar as respostas. “Agora lançamos o LII-Rápido”, informou Cristiane Pujol. “As técnicas de levantamento de índices foram adaptadas de forma que possamos obter respostas em uma semana, através da estratificação dos imóveis pesquisados, em grupos de 9 a 12 residências examinadas, por vez”.

Outra mudança ocorreu na área de informática. Numa interação com o Sistema Nacional de Notificação e Agravos (Sinan) O Ministério da Saúde lançou o Sistema de Informação de Febre Amarela e Dengue (Sisfade), que entrou em operação em setembro deste ano. O sistema gera mapas, planilhas e dados sobre a dengue a partir do ano 2000 e pode ser acessado a partir do site do Ministério da Saúde.

PROGRAMAÇÃO - A III Reunião Estadual de Avaliação do Programa de Controle continua durante todo o dia de amanhã (10/11), a partir das 8 horas, quando representantes das Secretarias Municipais de Saúde de Rondonópolis e Água Boa farão relatórios de seus desempenhos no controle da dengue.

Às 9 horas e 30 minutos serão apresentadas experiências bem sucedidas na prevenção da dengue desenvolvidas nos diversos municípios do Estado. Às 10 horas e 30 minutos serão feitas apresentação e discussão dos encaminhamentos da III Reunião que se estenderão até o encerramento do evento, ao meio-dia, com um almoço.





Fonte: Da Assessoria

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