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Internacional
Quarta - 08 de Novembro de 2006 às 04:37

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Pelo menos 18 palestinos morreram e mais de 30 foram feridos pelo bombardeio da artilharia israelense na localidade palestina de Beit Hanun, no norte da Faixa de Gaza, informaram fontes médicas e governamentais palestinas.

Entre os falecidos há menores e mulheres, e pelo menos 13 membros de uma mesma família, segundo fontes da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

O gabinete de ministros palestino deve iniciar em breve uma reunião urgente para analisar a situação. O porta-voz do Governo do Hamas, Ghazi Hamad, pediu que Israel "seja riscado da face da terra" e acusou o Executivo israelense de ser formado por uma "quadrilha de criminosos".

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, condenou os ataques, que chamou de "massacre" e pediu que o Conselho de Segurança da ONU tome medidas forma urgentes para acabar com as agressões de Israel.

Fontes médicas de dois hospitais do norte da Faixa de Gaza disseram que morreram pelo menos 18 palestinos, em sua maioria mulheres e crianças. Mais de 25 foram feridos, 10 deles em estado grave.

Pelo menos 13 vítimas são membros de uma mesma família, entre eles uma criança de 9 anos e uma mulher de 73. Dois mortos são crianças, cujas cabeças foram decepadas.

Testemunhas palestinas disseram que tanques israelenses deram três rajadas de tiros contra três casas de Beit Hanun, uma localidade de 20 mil habitantes. Um dos alvos era um edifício de quatro andares que foi seriamente danificado.

As fontes palestinas acrescentaram que os tanques dispararam depois de um grupo de milicianos se preparar para lançar foguetes contra Israel.

As milícias palestinas costumam disparar seus foguetes artesanais do norte da Faixa de Gaza, para atingir cidades israelenses localizadas perto da fronteira. O Exército israelense costuma responder com ataques da aviação e fogo de artilharia.

O Exército israelense informou que, segundo uma investigação preliminar, suas forças atiraram contra um ponto de onde milicianos palestinos disparavam foguetes.

"Ontem foram disparados oito foguetes contra nosso território e estamos investigando agora as informações dos palestinos, pois os disparos desta manhã foram contra uma zona afastada, e não disparamos contra áreas civis povoadas", declarou à Efe a porta-voz militar para a imprensa estrangeira, Avital Leivovitz.

"Os bombardeios dos tanques atingiram a casa de Sadi al-Azama, que é de quatro andares, e outras duas casas adjacentes na cidade, causando um grande número de mortos e feridos", disse uma das testemunhas à Efe, por telefone.

Segundo informações locais, dezenas de bombardeios e mísseis caíram de forma simultânea numa área reduzida. Ambulâncias e equipes de emergência encontraram sérias dificuldades para remover os feridos.

Os moradores da localidade foram chamados a doar sangue.

Acredita-se que o número de vítimas pode aumentar.

Pouco depois do ataque em Beit Hanun, fontes palestinas informaram que pelo menos seis milicianos palestinos foram feridos, um deles em estado extremamente grave, pela artilharia israelense, ao leste da Cidade de Gaza.

Outros cinco palestinos, sendo quatro milicianos e um civil, morreram de madrugada durante uma operação do Exército israelense na aldeia de Yamun, no norte da Cisjordânia.

Os milicianos, pertencentes ao braço armado do Fatah, as Brigadas dos Mártires de al-Aqsa, caminhavam pelas ruas da localidade palestina, próxima a Jenin, quando soldados israelenses atiraram, disseram fontes locais.

O civil, de 30 anos, foi também baleado quando subiu num telhado para ver o que tinha acontecido.





Fonte: EFE

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