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Internacional
Sábado - 04 de Novembro de 2006 às 09:30

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Pelo menos treze iraquianos morreram e outros vinte ficaram feridos em vários atos de violência ocorridos no Iraque nas últimas horas, segundo fontes oficiais. A violência persiste no Iraque, apesar de o Ministério da Defesa ter decretado na sexta-feira o "estado de alerta" das Forças Armadas do Iraque por ocasião da divulgação no domingo da sentença contra Saddam Hussein e sete de seus ex-colaboradores.

A União Patriótica do Curdistão, liderada por Talabani, informou hoje em comunicado que cinco guarda-costas do presidente iraquiano, Jalal Talabani, morreram na explosão de uma bomba na passagem do veículo no qual viajavam por Al-Azim, na província de Diyala, a nordeste de Bagdá.

Segundo a nota, o atentado foi cometido na quinta-feira à noite e o alvo eram os guarda-costas, já que o presidente estava em Paris. A explosão deixou outros dois membros da equipe de segurança de Talabani feridos.

A notícia foi divulgada hoje pouco após um ataque que deixou dois seguranças do primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, feridos.

O atentado foi cometido na localidade de Al-Yusufiya, ao sul de Bagdá, segundo fontes do Ministério do Interior.

Aparentemente, os dois seguranças viajavam de volta a Bagdá em alguns carros do comboio de Maliki quando, em um ponto da estrada, foram baleados.

Além disso, dois civis iraquianos morreram e outros cinco ficaram feridos quando um carro em movimento foi metralhado no bairro de Al-Hamra, no oeste de Bagdá.

Um grupo armado assassinou a tiros um jornalista da televisão independente iraquiana "Al-Charquiya", na região de Al-Azamiya, no leste de Bagdá, segundo fontes do Ministério do Interior.

O assassinato ocorre um dia após a descoberta do corpo do jornalista Abdul Meyid Ismail Khalil em Bagdá. Khalil, que foi morto a tiros, tinha sido seqüestrado em 18 de outubro.

Com a morte de Rachid, chega a 49 o número de jornalistas assassinados no Iraque em outubro e início de novembro.

Segundo relatório da ONG Repórteres Sem Fronteiras, com sede em Paris, 123 jornalistas e trabalhadores da imprensa morreram no Iraque desde a invasão do país, em março de 2003.

Dois atentados cometidos ao sul de Bagdá mataram três pessoas e feriram sete, entre elas quatro especialistas russos em eletricidade.

O primeiro ataque, cometido com um carro-bomba nas imediações do escritório dos correios da localidade de Al-Mahmudiya, deixou um civil morto e outros três feridos. A bomba foi ativada através de um controle remoto.

Outros dois civis morreram e quatro especialistas russos ficaram feridos na sexta-feira à noite em um ataque com foguetes contra uma usina de geração elétrica em Al-Noyeibiya.

A explosão de alguns dos mísseis dentro da usina feriu os especialistas russos, que estavam instruindo um grupo de funcionários sobre o funcionamento de um gerador elétrico.

Além disso, forças de elite do Exército iraquiano desarticularam hoje no bairro xiita de Cidade de Sadr, no leste de Bagdá, um esquadrão da morte acusado de seqüestrar e assassinar civis e policiais, informou o comando americano.

Três pessoas foram detidas após um tiroteio com as Forças de Segurança iraquianas, que contaram com o apoio das tropas americanas. A operação faz parte da campanha do primeiro al-Maliki contra os grupos insurgentes.

Os esquadrões da morte são acusados da maioria dos seqüestros e assassinatos de milhares de pessoas cometidos nos últimos oito meses. Os corpos são achados diariamente em diferentes partes do país, especialmente em Bagdá, com sinais de tortura.

As tropas americanas detiveram três guarda-costas do prefeito da cidade iraquiana de Faluja, a oeste de Bagdá, suspeitos de estarem envolvidos em "atividades armadas".





Fonte: EFE

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