Pentágono: Pagar por artigos favoráveis no Iraque é legal
Foi divulgado em dezembro do ano passado que, dentro de um projeto que começou em 2005 e que o Pentágono desenvolveu com a ajuda da empresa Lincoln Group, soldados americanos escreviam em inglês artigos favoráveis às forças aliadas que eram traduzidos ao árabe e pagavam a jornais iraquianos para que os publicassem.
Em alguns dos artigos se especificava que eram um híbrido entre publicidade e conteúdo editorial, enquanto outros saíram publicados simplesmente como histórias noticiosas.
Gary Neck, um porta-voz do Pentágono, disse que, de acordo "com a informação disponível, o relatório determinou que os comandantes no Iraque se ajustaram aos regulamentos ao contratar empresas externas para fazer operações psicológicas e divulgar informação em jornais".
O Lincoln Group recebeu em setembro um novo contrato milionário para acompanhar de perto a imprensa britânica e árabe e assessorar o Pentágono em matéria de relações públicas, com a redação de discursos para as forças americanas no Iraque e a busca de argumentos a serem usados em possíveis debates.
A notícia de que o Pentágono tinha pago a veículos iraquianos para que publicassem artigos positivos sobre os EUA enfureceu várias organizações jornalísticas americanas, que qualificaram a prática de "inaceitável".
O Centro Internacional para os Jornalistas, a Sociedade de Jornalistas Profissionais e o Comitê Mundial para a Liberdade de Imprensa foram algumas das organizações que criticaram a ofensiva informativa do Departamento de Defesa dos EUA.
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