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Internacional
Sábado - 30 de Setembro de 2006 às 04:33

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A presidente do Parlamento da Geórgia, Ninó Burdzhanadze, considerou hoje "desproporcional" a reação da Rússia à detenção de seus quatro militares por espionagem e pediu ao Ocidente que apóie o seu país nesta nova crise diplomática.

"Se a Rússia decide agravar as relações com a Geórgia, contamos não só com nossas próprias forças, mas também com o respaldo internacional", disse Burdzhanadze em entrevista à Efe. Ela reafirmou a vontade do seu país de entrar para a Otan.

A presidente do Parlamento qualificou de "totalmente desproporcional" a reação irritada de Moscou. Após a detenção de seus militares, o Governo russo chamou para consultas seu embaixador em Tbilisi, começou a evacuar a seu pessoal diplomático e levou o assunto ao Conselho de Segurança da ONU.

"A Rússia nos ameaça constantemente com sanções econômicas, com cortes de energia, e com o reconhecimento da independência das regiões separatistas georgianas da Abkházia e Ossétia do Sul", lembrou.

Ela acrescentou que a detenção na quarta-feira de quatro altos oficiais russos, condenados ontem a dois meses de prisão preventiva, "é um incidente desagradável, mas pode acontecer com espiões no mundo todo".

"Eles foram detidos porque existem indícios e provas de sua atividade ilegal, e a Rússia devia pedir os materiais para estudo, em vez de nos acusar de ''provocação'' e fazer reivindicações", opinou.

Segundo a presidente do Legislativo, "a Rússia não tem vontade política de normalizar as relações com a Geórgia".





Fonte: EFE

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