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Internacional
Sexta - 29 de Setembro de 2006 às 05:00

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O Governo da Geórgia liberou hoje um dos cinco militares russos detidos pelos serviços de segurança, mas processará os quatro restantes, por serem agentes do Serviço de Inteligência Militar (GRU) da Rússia suspeitos de espionagem.

"As acusações são graves e os russos podem ser condenados a longas penas", disse hoje Guivi Targamadze, presidente do Comitê parlamentar de Segurança e Defesa Nacional.

A Justiça georgiana deve apresentar acusações formais contra os militares russos num prazo de 48 horas após sua detenção, que aconteceu na quarta-feira. Caso contrário, terá que soltar os quatro.

O militar liberado, um soldado lotado na base militar russa de Batumi, foi levado hoje pela Polícia georgiana até o quartel-general das tropas russas em Tbilisi, a capital do país.

As autoridades georgianas revelaram que a sexta pessoa detida por suspeita de espionagem é um georgiano, e não um membro do GRU, como havia sido dito inicialmente.

A detenção dos agentes abriu um conflito diplomático entre Geórgia e Rússia. Ontem, o embaixador russo em Tbilisi foi chamado para consultas em Moscou. Hoje a embaixada começará a retirar parte de seu pessoal diplomático.

Um dos cinco aviões Iliushin-76 fretados pelo Ministério de Situações de Emergência já aterrissou em Tbilisi para repatriar os funcionários da missão russa.

A Rússia anunciou sua intenção de levar o caso ao Conselho de Segurança da ONU. Além disso, pediu à Otan e à OSCE que reconsiderem a sua cooperação com a Geórgia em razão da sua política "agressiva".

Tbilisi e Moscou mantêm relações tensas desde 2003, quando Mikhail Saakashvili chegou ao poder e se transformou no principal aliado dos Estados Unidos no Cáucaso.

Na semana passada, na Assembléia Geral da ONU, o presidente georgiano acusou a Rússia de querer anexar as regiões separatistas da Abkhazia e Ossétia do Sul através da concessão "subterrânea" da nacionalidade russa à sua população.





Fonte: EFE

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