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Internacional
Quinta - 28 de Setembro de 2006 às 13:40

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Várias centenas de suspeitos detidos no Paquistão no âmbito da "guerra contra o terrorismo" desapareceram depois que foram presos, diz um informe que a organização internacional defensora dos direitos humanos, a Anistia Internacional (AI), publicará na sexta-feira.

Segundo a entidade, muitos dos suspeitos, incluindo crianças, foram torturados e vendidos às autoridades americanas por caçadores de recompensa que cobraram até 5.000 dólares.

A Anistia considera que a maioria dos prisioneiros da base americana de Guantánamo, em Cuba, foi vendida às autoridades americanas.

O informe afirma desconhecer o número exato de detenções, mas fala de "centenas" de pessoas e adianta que os americanos estão envolvidos em algumas prisões.

O documento acrescenta que os suspeitos são levados ilegalmente para Guantánamo e para a base americana de Bagram, no Afeganistão, entre outros destinos secretos.

A AI pede ao presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, que explique onde estão "desaparecidos" e ponha fim às "detenções arbitrárias".

"A prática usual de oferecer recompensas importantes por pessoas suspeitas de terrorismo facilitou as prisões arbitrárias e trouxe consigo os desaparecimentos", adverte o informe.

Musharraf se reunirá nesta quinta-feira à tarde com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, em Londres.





Fonte: AFP

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