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Internacional
Quarta - 27 de Setembro de 2006 às 05:30

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Especialistas chineses estão elaborando a árvore genealógica dos descendentes de Confúcio, calculados em cerca de 3 milhões no mundo todo, e pela primeira vez incluirão mulheres na linhagem, informou hoje a imprensa oficial chinesa.

"Mais de 1 milhão de descendentes serão acrescentados após a atualização, e pela primeira vez serão registradas as mulheres", disse à agência oficial "Xinhua" Kong Dehong, um membro da árvore familiar, que remonta a 2.550 anos atrás.

"Temos que nos adaptar aos tempos modernos. Hoje homens e mulheres são iguais, e embora uma mulher deixe a família para se casar, nem por isso deixa de ser descendente de Confúcio", destacou Kong. Ele participou de uma reunião de descendentes do filósofo em Qufu, sua localidade natal, na província de Shandong, leste da China.

É o quinto estudo sobre a linhagem. Devido ao prestígio da família, fundada pelo mais famoso pensador da história chinesa, muitos tentam falsificar a sua origem e se passam por descendentes de Confúcio.

Para evitar isto, os genealogistas vão recorrer inclusive a exames de DNA. Os resultados do estudo devem ser divulgados no segundo semestre de 2009, como parte da comemoração dos 2.560 anos do nascimento do sábio.

A árvore genealógica, abrangendo 80 gerações do pensador, é considerada a maior e mais antiga do mundo. Porém, muitas de suas ramificações se perderam na noite dos tempos. Há também importantes personalidades políticas e sociais chinesas que preferem não revelar que são descendentes de Confúcio.

Na China tradicional, a mulher, ao se casar, abandonava a família de seus pais e passava a viver com os sogros e o marido. Por isso, perdia a condição de membro da família.

A prática se mantém em alguns núcleos rurais, mas é rara nas cidades. Além disso, hoje em dia as mulheres conservam seu sobrenome após o casamento.

O nome em mandarim de Confúcio era "Kong Fu Tsé". Assim, a maioria de seus descendentes tem o sobrenome Kong.

Só na China calcula-se que haja 2,5 milhões de membros da família. Outros 500 mil viveriam em outros territórios, como Taiwan, Hong Kong, Macau e nas comunidades chinesas espalhadas por todo o mundo.




Fonte: EFE

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