Jovem que desapareceu na Suíça é encontrada na França

Uma adolescente cingalesa que desapareceu em julho na porta de seu colégio na Suíça foi encontrada no sul da França, na casa de seu suposto seqüestrador, um aposentado de 56 anos, informaram hoje fontes policiais e judiciais.

O homem, que foi processado, está em prisão preventiva desde a última quinta em Luynes, enquanto a menina, de 14 anos, está sob a guarda das autoridades competentes.

As primeiras declarações da adolescente confirmam seu apego ao detido, com quem trocou mensagens durante dois anos e meio através da Internet. O suposto seqüestrador chegou a definir a relação como uma bela história de amor na rede, informam fontes policiais.

Embora esta reação possa ser conseqüência da chamada Síndrome de Estocolmo, a Polícia suíça considera o episódio uma fuga, enquanto a Polícia francesa trata o caso como um seqüestro.

O registro da troca de mensagens pela internet levou a Polícia suíça à pista do suposto seqüestrador, informaram as fontes. A menina não foi maltratada enquanto estava na casa do aposentado, que é divorciado e tem dois filhos, informa o jornal francês La Provence.

O homem, que não tem antecedentes judiciais, chegou até a apresentar a menina a seus pais durante um período de férias em Lorena (leste da França) e a seus filhos.

No início de suas conversas pela Internet, o homem se fez passar por uma jovem e usava o apelido Sophie 13, mas a menina descobriu a verdadeira identidade dele graças a uma webcam.

Apesar disto, a jovem o acompanhou de livre vontade quando ele veio buscá-la de carro na porta de sua escola em Aigle (sul da Suíça) para levá-la para sua casa de Miramas (sul da França), segundo fontes policiais e judiciais.

"A menina rejeitava seu meio familiar, uma família tâmil tradicional e conservadora, muito afastada do ambiente de sua escola suíça", informou a emissora France Info.

Na Suíça, a menor ficará aos cuidados do Serviço de Proteção da Juventude, que decidirá se ela será devolvida ou não para sua família.