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Politica Brasil
Sábado - 16 de Setembro de 2006 às 15:13

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Dirigentes da CPI dos Sanguessugas defendem cautela com as novas denúncias sobre envolvimento de políticos com a compra superfaturada de ambulâncias. A Polícia Federal prendeu novamente o empresário da Planam, Luiz Antonio Trevisan Vedoin, e seu primo Paulo Roberto Trevisan Vedoin, que venderiam em São Paulo possíveis provas contra políticos tucanos, entre eles o candidato ao governo de São Paulo José Serra (PSDB-SP).

Para o presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), é preciso "cautela" até mesmo porque a comissão não dispõe desses documentos e não pode basear suas investigações em matérias da imprensa. Segundo Biscaia, a CPI precisa receber a documentação para então verificar o que existe de fato e partir daí ver as providências a serem tomadas.

Já o vice-presidente da comissão, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), defende cautela nesse momento. Segundo ele, se existem novos documentos é preciso que eles sejam encaminhados à CPI para que os mesmos possam ser analisados. O sub-relator, deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), engrossa o coro e defende calma.

- A gente vai ter que examinar essas novas denúncias com calma e ver o que realmente houve e porque elas foram lançadas na véspera das eleições. Estamos no principio dos acontecimentos é preciso aguardar. A gente está procurando ter muita prudência com esse problema que parece eleitora. Vamos esperar a decantação dos fatos para então investigar o que aconteceu - disse Gabeira.

Segundo o sub-relator, a CPI não pode entrar nesse esquema que parece eleitoreiro. Para o parlamentar, a credibilidade de Vedoin está em razão dos documentos que ele apresenta à CPI e à justiça.

- O fato que aconteceu agora não compromete as investigações da CPI - disse Gabeira.

O deputado criticou ainda a atitude de Vedoin:

- Ele (Vedoin) está soltando notícias com objetivos financeiros e tentando fazer negócios, além de tentar tumultuar a credibilidade da CPI", disse Gabeira recordando que quando Vedoin fez acusações contra o presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), estava tentando tumultuar a credibilidade da CPI".

Na semana passada, após depor no Conselho de Ética do Senado, o empresário foi advertido pelo presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia, de que ele não poderia ficar soltando denúncias "a conta gota" e que se ele tivesse alguma outra denúncia ou prova deveria apresentar à CPI ou à justiça. Biscaia disse também a Vedoin que ele estava com o beneficio da delação premiada e que poderia perder esse beneficio caso sonegasse informações ou ficasse soltando novas denúncias pela imprensa.





Fonte: Globo Online

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