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Nacional
Segunda - 21 de Agosto de 2006 às 23:59

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que os problemas de saúde no mundo não são de ordem econômica, e sim política, e se ofereceu para peregrinar pelos países ricos pedindo um compromisso com as pessoas sem acesso a médicos e remédios.

Lula apresentou a sua proposta no seu discurso durante a abertura do XI Congresso Mundial de Saúde Pública, que vai até sexta-feira no Rio de Janeiro, diante de cerca de 10 mil especialistas de vários países.

Em seu discurso, Lula se comprometeu a "ser um peregrino pelo mundo para pedir aos governantes que não deixem os países mais pobres vendo seus filhos morrerem porque não têm acesso aos remédios caros produzidos pelos laboratórios".

"Este não é um problema econômico. É um problema eminentemente político, que, portanto, está nas nossas mãos", afirmou.

Segundo o presidente, os países ricos têm que ser solidários e destinar parte de seus recursos às regiões que mais sofrem no mundo.

Ele acrescentou que a cooperação internacional em projetos de saúde e o intercâmbio de experiências entre profissionais da área ajuda a melhorar a gestão nos países em desenvolvimento.

"A saúde coletiva no mundo, especialmente em países com graves disparidades de renda e oportunidades, ultrapassa as barreiras de hospitais, farmácias e universidades", disse Lula. Para ele, além de investir em centros de saúde, os Governos têm que buscar cooperação internacional.

O XI Congresso Mundial de Saúde Pública é organizado pela Federação Mundial de Associações de Saúde Pública (WFPHA) e promovido ao mesmo tempo que o oitavo Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco).

A partir desta terça-feira, conferências, debates, painéis, oficinas e foros vão apresentar quase 7 mil trabalhos em sessões simultâneas. Os temas incluirão pobreza, consumo de drogas, obesidade e depressão em estudantes universitários, bioética e patentes de biotecnologia.

Os Estados Unidos apresentarão um novo Sistema Global de Sistemas de Observação da Terra (GEOSS), um projeto para acompanhar mais de mil locais em todo o planeta, para minimizar o efeito de desastres como os que mataram 500 mil pessoas entre 1990 e 1999, além de provocar prejuízos avaliados em US$ 750 bilhões no mundo todo.

O sistema vai recopilar dados de satélites, sismógrafos, sensores e outros instrumentos para ajudar a adotar rápidas decisões para evitar ou reduzir o impacto de tragédias naturais, preservar espécies de animais e plantas, ajudar a agricultura e atuar contra desastres químicos e nucleares, explicaram os organizadores.

Outros assuntos em debate serão a violência contra a mulher e serviços de emergência, saúde reprodutiva e planejamento na adolescência, exercício e saúde em grandes centros urbanos, urgências e emergências em saúde mental e educação ambiental.

Os ministros de Saúde do México, Chile, Nicarágua, Brasil e Bolívia, além de delegados de várias outras nações, participam da conferência.





Fonte: EFE

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