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Internacional
Quarta - 26 de Julho de 2006 às 01:10

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O Conselho de Segurança das Nações Unidas adiou nesta terça-feira a decisão sobre a permanência dos capacetes azuis no sul do Líbano (Finul), que poderão ser substituídos por uma força internacional devido ao conflito na região. Nesta terça, quatro observadores da ONU morreram no Líbano em bombardeios de forças israelenses.

"O sentimento geral no Conselho é que devemos dar um tempo, um mês, para observar a nova situação", disse à imprensa o embaixador francês na ONU, Jean-Marc de La Sablière, que preside atualmente o Conselho.

Os embaixadores dos 15 Estados-membros do Conselho analisaram o último relatório do secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, que sugeriu o envio de uma força de estabilização maior para o sul do Líbano, após a morte dos quatro membros da ONU.

Annan se disse "chocado e profundamente angustiado com o ataque, aparentemente deliberado, das forças de defesa israelenses contra um posto de observadores da ONU no sul do Líbano (...)".

O diplomata francês avaliou que o futuro dos cerca de 2 mil capacetes azuis no Líbano, cujo mandato de seis meses termina na segunda-feira, "depende muito da discussão que se desenvolve atualmente" sobre "que" força será preciso para manter Israel e o Hezbollá separados.

Ontem, Annan advertiu que "as hostilidades entre o Hezbollá e Israel modificaram completamente o contexto no qual a Finul opera" e destacou que, "no clima atual, já não existem as condições necessárias para que as Nações Unidas possam garantir a manutenção da paz".

Em conseqüência, Annan recomendou ao Conselho que prorrogue o mandato da Finul por apenas mais um mês, "já que o retorno ao status quo precedente parece impossível (...)".

O governo libanês pede ao Conselho que prorrogue o mandato da Finul por mais seis meses, como tem ocorrido até o momento.

No domingo, Estados Unidos e Israel defenderam o envio de uma força internacional de paz dirigida pela Otan para ocupar o sul do Líbano.

Já a França pede que o eventual envio de uma força internacional seja precedido de "um acordo político" entre libaneses e israelenses, que inclua o desarmamento do Hezbollá.

A Finul, criada em março de 1978 para preencher a saída do Exército israelense do sul do Líbano e ajudar o governo libanês a restabelecer a paz, tinha em 30 de junho passado 1.990 militares de oito países: China (187), França (209), Gana (648), Índia (673), Irlanda (5), Itália (53), Polônia (214) e Ucrânia (1).




Fonte: AFP

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