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Nacional
Terça - 29 de Janeiro de 2013 às 16:08
Por: Iara Lemos

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Ricardo Moraes/Reuters
Fachada da boate Kiss na tarde de segunda-feira (28)
Fachada da boate Kiss na tarde de segunda-feira (28)

A Prefeitura de Santa Maria pretende desapropriar o prédio onde funcionava a boate Kiss para construir um memorial em homenagem às vítimas do incêndio. No último domingo, 231 pessoas morreram durante uma festa universitária na casa noturna. O prédio está interditado para a perícia desde domingo.

"Queremos fazer com que Santa Maria se lembre que aquele era um lugar de alegria", confirmou o secretário de Relações de Governo e Comunicação, Giovani Mânica. A boate funcionava no local há cerca de três anos.

Outras 118 vítimas estão internadas em hospitais de Santa Maria e de Porto Alegre. De acordo com o Ministério da Saúde, 75 jovens ainda estão em situação grave, com risco iminente de morte. Nesta terça-feira (29), a prefeitura informou também que vai encaminhar à Polícia Civil os documentos referentes à fiscalização da boate. A lista dos documentos que serão fornecidos ainda não foi divulgada.

 

Incêndio e prisões
O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo (27), durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico.

Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como "sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos minutos.

Quatro foram presos nesta segunda-feira após a tragédia: o dono da boate, Elissandro Calegaro Spohr, o sócio, Mauro Hofffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que fazia um show pirotécnico que teria dado início ao incêndio, segundo informações do delegado Sandro Meinerz, responsável pelo caso.

Em depoimento, Spohr afirmou à Polícia Civil que sabia que o alvará de funcionamento estava vencido, mas que já havia pedido a renovação.

O advogado Mario Cipriani, que representa Mauro Hoffmann, afirmou que o cliente "não participava da administração da Kiss".

 

Na manhã desta segunda, outros dois integrantes da banda falaram sobre a tragédia. "Da minha parte, eu parei de tocar", disse o guitarrista Rodrigo Lemos Martins, de 32 anos.

Por meio dos seus advogados, a boate Kiss se pronunciou sobre a tragédia, classificando como "uma "fatalidade".

A presidente Dilma Rousseff visitou Santa Maria no domingo e decretou luto oficial de três dias.
O comandante do Corpo de Bombeiros da região central do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Moisés da Silva Fuch, disse que o alvará de funcionamento da boate estava vencido desde agosto do ano passado.





Fonte: Do G1 RS, em Santa Maria

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