Repórter News - www.reporternews.com.br
Internacional
Terça - 28 de Março de 2006 às 11:40

    Imprimir


Milhões de pessoas na África estão recebendo ajuda alimentícia graças apenas à decisão do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU de financiar suas operações mais vitais com recursos próprios de seu fundo para emergências, devido à falta de novas contribuições dos países doadores.

Assim afirmou hoje um porta-voz da maior agência humanitária da ONU, que se tornou uma fonte fundamental para a alimentação de 50 milhões de africanos.

"Apesar de nossos reiterados pedidos para que a comunidade internacional apóie nossas operações no continente, sofremos uma severa interrupção nas doações para nossos projetos, o que está forçando o PMA a esgotar seus fundos", explicou o porta-voz Simón Pluess em entrevista coletiva.

Pluess afirmou que esta situação levou o fundo de emergências do PMA ao nível mais baixo de sua história, com menos de US$ 20 milhões.

Por isso, pediu à comunidade internacional que lembre que o PMA "só pode fornecer a mesma quantidade de assistência que ele receber, seja em dinheiro ou em alimentos".

O organismo usou seus fundos para responder às necessidades mais urgentes após o terremoto do Paquistão, em outubro de 2005, e nas crises alimentar em Níger e humanitária em Darfur, no Sudão.

Pluess também mencionou que foram gastas grandes quantias, que ainda não foram repostas, na distribuição de alimentos entre as povoações mais vulneráveis da República Democrática do Congo e do sul da África.

Apesar da multiplicação de situações de emergência na África, o organismo "não recebeu novas contribuições substanciais", ressaltou o porta-voz.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) também se disse preocupado com a escassez de financiamento para ajudar a população da Costa do Marfim, país que necessita de US$ 13 milhões o mais rápido possível.

O organismo só recebeu em doações para o país US$ 2,6 milhões dos US$ 16 milhões que solicitou para frear uma situação que se deteriora diariamente e que teve como clara conseqüência o aumento em 50% da taxa de má nutrição em crianças menores de cinco anos no último ano.

Se não receber novos recursos, o Unicef "só poderá realizar 20% das atividades que estavam previstas para 2006", assegurou o porta-voz do organismo, Damien Personnaz.

A Costa do Marfim está vivendo uma grave crise político-militar que provocou a divisão do país em duas áreas, uma controlada pelo Governo e a outra pelo grupo rebelde Forças Novas, separadas pela chamada "zona de confiança", onde está mobilizada uma missão de paz da ONU.





Fonte: EFE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/309364/visualizar/